Tereu foi um rei da Trácia filho de Ares. Por ter ajudado o Rei Pandion II de Atenas numa guerra contra Tebas, ele lhe concedeu a mão de sua filha Procne em casamento. Procne viveu feliz durante algum tempo e teve o filho Itys. Porém, por ser muito ligada à sua irmã Filomena, sentia muita falta dela.
Tereu foi a Atenas pedir ao sogro que Filomena pudesse acompanhá-lo para fazer companhia a Procne. O pai consentiu, mas no caminho de volta Tereu cobiçou Filomela, a seduziu e aprisionou-a, além de cortar-lhe a língua para que não pudesse contar o que ele havia feito. De volta à Trácia, disse à sua mulher que a irmã havia falecido na viagem. Procne sofreu muito com a notícia.
Todavia, Filomela em seu cativeiro teceu um tapete contendo a história de seu infortúnio e mandou-o secretamente à irmã. Ao saber do acontecido, Procne nada fez de imediato; esperou a festa de Dionísio - época na qual as mulheres podiam sair livremente para onde quiserem sem serem seguidas pelos homens - e libertou sua irmã.
As duas irmãs tramaram uma vingança: mataram Itys e o serviram assado a Tereu. Quando descobriu que havia comido seu próprio filho, Tereu tentou matar as duas irmãs mas os deuses do Olimpo interviram e transformaram todos em pássaros. Tereu se transformou em Poupa e Procne em rouxinol, cujo lindo canto é de tristeza pela perda do filho. Filomela foi transformada em andorinha, pois não tinha língua para cantar...
O mito de Tereu representa o nosso poder de expressão e comunicação. Quando perdemos nossa língua, nós nos perdemos. Um dos casos, é quando vamos a um país estrangeiro e não entendemos o idioma local. Sentimo-nos perdidos sem o poder de expressar o que queremos ou sequer conversar sobre as coisas mais simples.
Outra realidade é quando se tenta abafar a voz dos que querem falar e se expressar. Mesmo que os mecanismos restritivos sejam radicais, assim como Tereu que cortou a lingua de sua cunhada, não foi capaz de impedir que ela criasse um mecanismo criativo de comunicação.
Também quando nos sentimos impedidos de falar o que passa no fundo de nossa alma; vamos tecendo uma história particular, sem compartilhá-la com os outros. Assim estamos perdidos em nossa própria história, criada apenas em nossa imaginação. E de tanto viver dentro dela, acreditamos que ela é real, que espelha a realidade.
E finalmente quando criamos coragem de compartilhar a nossa vida e nossos pensamentos, embora outros possam nos advertir que estamos vivendo dentro de uma ficção, não aceitamos, de tão acostumados que estamos a viver de ilusão.
Tereu foi a Atenas pedir ao sogro que Filomena pudesse acompanhá-lo para fazer companhia a Procne. O pai consentiu, mas no caminho de volta Tereu cobiçou Filomela, a seduziu e aprisionou-a, além de cortar-lhe a língua para que não pudesse contar o que ele havia feito. De volta à Trácia, disse à sua mulher que a irmã havia falecido na viagem. Procne sofreu muito com a notícia.
Todavia, Filomela em seu cativeiro teceu um tapete contendo a história de seu infortúnio e mandou-o secretamente à irmã. Ao saber do acontecido, Procne nada fez de imediato; esperou a festa de Dionísio - época na qual as mulheres podiam sair livremente para onde quiserem sem serem seguidas pelos homens - e libertou sua irmã.
As duas irmãs tramaram uma vingança: mataram Itys e o serviram assado a Tereu. Quando descobriu que havia comido seu próprio filho, Tereu tentou matar as duas irmãs mas os deuses do Olimpo interviram e transformaram todos em pássaros. Tereu se transformou em Poupa e Procne em rouxinol, cujo lindo canto é de tristeza pela perda do filho. Filomela foi transformada em andorinha, pois não tinha língua para cantar...
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O mito de Tereu representa o nosso poder de expressão e comunicação. Quando perdemos nossa língua, nós nos perdemos. Um dos casos, é quando vamos a um país estrangeiro e não entendemos o idioma local. Sentimo-nos perdidos sem o poder de expressar o que queremos ou sequer conversar sobre as coisas mais simples.
Outra realidade é quando se tenta abafar a voz dos que querem falar e se expressar. Mesmo que os mecanismos restritivos sejam radicais, assim como Tereu que cortou a lingua de sua cunhada, não foi capaz de impedir que ela criasse um mecanismo criativo de comunicação.
Também quando nos sentimos impedidos de falar o que passa no fundo de nossa alma; vamos tecendo uma história particular, sem compartilhá-la com os outros. Assim estamos perdidos em nossa própria história, criada apenas em nossa imaginação. E de tanto viver dentro dela, acreditamos que ela é real, que espelha a realidade.
E finalmente quando criamos coragem de compartilhar a nossa vida e nossos pensamentos, embora outros possam nos advertir que estamos vivendo dentro de uma ficção, não aceitamos, de tão acostumados que estamos a viver de ilusão.
Tenho me sentindo assim,não é fácil mudar essa realidade estou lutando para sair dessa ilusão.
ResponderExcluirOi
ResponderExcluirOi
ResponderExcluirÓtima história! !!
ResponderExcluirPor gentileza, qual a fonte desse mito. Muito obrigado.
ResponderExcluirExcelente construção e comentário sobre o Mito de Tereu.
ResponderExcluirTereu foi um rei como disse, teria algum Deus tanto grego ou egípcio que se equipara a Tereu em relação a comunicação?
ResponderExcluirhttps://www.trabalhosfeitos.com/ensaios/o-Mito-De-Tereu/50388524.html
ResponderExcluirMuito bom.
ResponderExcluirJulgo ser Filomela e não Filomena.
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