Troilo ou Troilus era um jovem principe troiano que tinha seu destino unido ao destino de sua cidade Troia, devido a uma profecia. Filho mais novo do Rei Priamo e da Rainha Hécuba, dizia a profecia que Troia nunca seria destruida caso Troilo completasse 21 anos. Devido à sua excepcional beleza, diziam que era filho de Apolo, porém ele era criado como verdadeiro filho do rei.
Troilo costumava ironizar a tolice dos casos de amor de outros jovens rapazes. Certo dia, ao ver Créssida ou Criseis, uma jovem filha do adivinho Calcas que havia traido Troia e se unido aos gregos, Troilo se apaixonou por ela. Envergonhado por ter se tornado exatamente o tipo de pessoa que ele costumava ridicularizar, Troilo tentou esconder seu amor.
À medida que sofria por Créssida acabou despertando a curiosidade de seu amigo Pândaro, que sabendo o motivo de sua infelicidade o convenceu a revelar seu amor. Pândaro se ofereceu para ser um intermediário, apesar de que sendo parente de Créssida deveria resguardar sua honra. Pândaro revelou à Créssida o amor de Troilo e a convenceu a consumarem seus desejos.
Porém essa felicidade foi interrompida, quando Calcas convenceu Agamenon a organizar o retorno de Créssida, como parte de uma troca de reféns. Os dois amantes entraram em desespero e pensaram em fugir, porém acabaram concordando com a troca. Apesar da intenção inicial de Créssida em permanecer fiel a Troilo, o guerreiro grego Diomedes conquistou-a. Quando Troilo soube, jurou vingar-se de Diomedes e dos gregos.
Diomedes era um guerreiro grego aliado de Aquiles, que era contrário à troca de reféns. No entanto, Aquiles tramou uma emboscada e quando Troilo e sua irmã Polixena sairam para buscar água em um poço nos arredores de Troia, Aquiles pretendia atacá-los, porém ficou encantado com a extrema beleza de Troilo. O jovem principe fugiu e refugiou-se no templo de Apolo. Apesar da admiração pela beleza e juventude de Troilo, Aquiles o decapitou e mutilou seu corpo no altar do templo. Ofendido pelo sacrilégio, Apolo vingou-se de Aquiles ajudando a Páris, que atingiu com uma flecha o calcanhar de Aquiles, o único ponto vulnerável do famoso herói.
A frustrada história de amor entre Troilo e Créssida evidencia as tendências humanas às cegueiras, não quer ver e ao auto-engano. A maldição comum da humanidade, loucura e ignorância, parece resumir a visão do autor, segundo a qual os seres humanos vergam-se às suas ilusões a respeito da vida, do amor e da glória. A atração do casal foi construída pelas imagens transmitidas por um intermediário, pelo que ouviu outros dizerem e não por uma experiência direta.
Troilo é o amante idealista, enfraquecido por seus sentimentos, o guerreiro iludido com os ideais da guerra. Ele se engana tanto em relação aos sentimentos de sua amada e quanto aos motivos para a Guerra de Tróia. Ao representar os herois de modo tão pouco honrado e glorioso, parece querer expressar a futilidade e o desperdício de vidas e energias que uma guerra representa.
Ambos sucumbem por motivos diferentes da honra. Suas mortes são motivadas pelo orgulho ferido, pelo desejo de vingança, pela cobiça e pela traição, o que acentua o tom depreciativo em relação ao amor romântico e às glórias militares. O final ambíguo parece sugerir que a qualquer tempo, através de nossas ações podemos construir um mundo melhor, mais lúcido e sermos pessoas mais corretas e sensatas do que gregos e troianos.
Troilo e Cressida é um conto educativo que tem o poder de nos fazer refletir sobre as imperfeições humanas e as incorreções presentes no mundo, mas também nos faz perceber que a passagem do tempo aliada à reflexão pode nos libertar de nossas ilusões e desvarios.
Troilo costumava ironizar a tolice dos casos de amor de outros jovens rapazes. Certo dia, ao ver Créssida ou Criseis, uma jovem filha do adivinho Calcas que havia traido Troia e se unido aos gregos, Troilo se apaixonou por ela. Envergonhado por ter se tornado exatamente o tipo de pessoa que ele costumava ridicularizar, Troilo tentou esconder seu amor.
À medida que sofria por Créssida acabou despertando a curiosidade de seu amigo Pândaro, que sabendo o motivo de sua infelicidade o convenceu a revelar seu amor. Pândaro se ofereceu para ser um intermediário, apesar de que sendo parente de Créssida deveria resguardar sua honra. Pândaro revelou à Créssida o amor de Troilo e a convenceu a consumarem seus desejos.
Porém essa felicidade foi interrompida, quando Calcas convenceu Agamenon a organizar o retorno de Créssida, como parte de uma troca de reféns. Os dois amantes entraram em desespero e pensaram em fugir, porém acabaram concordando com a troca. Apesar da intenção inicial de Créssida em permanecer fiel a Troilo, o guerreiro grego Diomedes conquistou-a. Quando Troilo soube, jurou vingar-se de Diomedes e dos gregos.
Diomedes era um guerreiro grego aliado de Aquiles, que era contrário à troca de reféns. No entanto, Aquiles tramou uma emboscada e quando Troilo e sua irmã Polixena sairam para buscar água em um poço nos arredores de Troia, Aquiles pretendia atacá-los, porém ficou encantado com a extrema beleza de Troilo. O jovem principe fugiu e refugiou-se no templo de Apolo. Apesar da admiração pela beleza e juventude de Troilo, Aquiles o decapitou e mutilou seu corpo no altar do templo. Ofendido pelo sacrilégio, Apolo vingou-se de Aquiles ajudando a Páris, que atingiu com uma flecha o calcanhar de Aquiles, o único ponto vulnerável do famoso herói.
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A frustrada história de amor entre Troilo e Créssida evidencia as tendências humanas às cegueiras, não quer ver e ao auto-engano. A maldição comum da humanidade, loucura e ignorância, parece resumir a visão do autor, segundo a qual os seres humanos vergam-se às suas ilusões a respeito da vida, do amor e da glória. A atração do casal foi construída pelas imagens transmitidas por um intermediário, pelo que ouviu outros dizerem e não por uma experiência direta.
Troilo é o amante idealista, enfraquecido por seus sentimentos, o guerreiro iludido com os ideais da guerra. Ele se engana tanto em relação aos sentimentos de sua amada e quanto aos motivos para a Guerra de Tróia. Ao representar os herois de modo tão pouco honrado e glorioso, parece querer expressar a futilidade e o desperdício de vidas e energias que uma guerra representa.
Ambos sucumbem por motivos diferentes da honra. Suas mortes são motivadas pelo orgulho ferido, pelo desejo de vingança, pela cobiça e pela traição, o que acentua o tom depreciativo em relação ao amor romântico e às glórias militares. O final ambíguo parece sugerir que a qualquer tempo, através de nossas ações podemos construir um mundo melhor, mais lúcido e sermos pessoas mais corretas e sensatas do que gregos e troianos.
Troilo e Cressida é um conto educativo que tem o poder de nos fazer refletir sobre as imperfeições humanas e as incorreções presentes no mundo, mas também nos faz perceber que a passagem do tempo aliada à reflexão pode nos libertar de nossas ilusões e desvarios.
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