segunda-feira, 21 de março de 2011

Narciso, a paixão por si mesmo





Narciso era um jovem de extrema beleza. Filho do deus-rio Cephisus e da ninfa Liriope, apesar de atrair e despertar cobiça nas ninfas e donzelas, Narciso preferia viver só, pois não havia encontrado ninguém que julgasse merecer seu amor. E foi o seu desprezo pelos outros que o derrotou.

Quando Narciso nasceu, sua mãe consultou o adivinho Tirésias
que lhe predisse que Narciso viveria muitos anos desde que nunca conhecesse a si mesmo. Narciso cresceu tornando-se cada vez mais belo e todas as moças e ninfas queriam seu amor, mas ele desprezava a todas. 

Certo dia, enquanto Narciso descansava sob as sombras do bosque, a ninfa Eco se apaixonou por ele. Porém tendo-a rejeitado, as ninfas jogaram-lhe uma maldição: - Que Narciso ame com a mesma intensidade, sem poder possuir a pessoa amada. Nêmesis, a divindade punidora, escutou e atendeu ao pedido.

Naquela região havia uma fonte límpida de águas cristalinas da qual ninguém havia se aproximado. Ao se inclinar para
beber água da fonte, Narciso viu sua própria imagem refletida e encantou-se com sua visão. 

Fascinado, Narciso ficou a contemplar o lindo rosto, com aqueles belos olhos e a beleza dos lábios, apaixonou-se pela imagem sem saber que era a sua própria imagem refletida no espelho das águas.

Por várias vezes Narciso tentou alcançar aquela imagem dentro da água mas inutilmente; não conseguia reter com um abraço aquele ser encantador. Esgotado, Narciso deitou na relva e aos poucos seu corpo foi desaparecendo. No seu lugar, surgiu uma flor amarela com pétalas brancas no centro que passou a se chamar, Narciso.






Na cultura grega e em muitas outras, tudo o que excedia e estivesse acima dos limites e da medida (métron) acabava se
transformando em algo assustador, porque poderia levar à hybris, que é descomedimento e desequilíbrio. O excesso de beleza não era bem aceito, pois somente aos deuses era permitido o exagero, e a excessiva beleza de Narciso desafiava a supremacia dos deuses.

O mito de narciso parece uma triste história infantil para ensinar às crianças a não
serem egoistas, que pensem nos outros, que não sejam presunçosas, porém encerra uma verdade profunda e atual. Os mitos não são tolos, e por mais que tentássemos dizer que sabemos a moral da história, o mito de Narciso está presente em todos nós.

Narciso foi transformado numa flor e a ela são creditadas propriedades entorpecentes devido a substâncias químicas que exalam. Os Narcisos plantados nos túmulos simbolizavam a morte apenas como um sono, que floresceria na primavera. 

O narcisismo, que tem o seu nome derivado de Narciso, deriva da palavra grega narke = entorpecido, de onde também vem a palavra narcótico. Assim, para os gregos, Narciso simbolizava a vaidade e a insensibilidade, pois Narciso era emocionalmente entorpecido às solicitações daqueles que se apaixonaram pela sua beleza.

O mito de Narciso leva ao tema da transitoriedade da beleza e dos laços que unem o narcisismo à inveja e à morte. O
dilema do narcisismo é resumido naquele que está condenado a permanecer prisioneiro do mundo das sombras, do seu amor por si mesmo ou libertar-se através do autoconhecimento e da capacidade de conhecer os outros. Porém o preço é a morte simbólica do ego, para que possa nascer novamente para um novo Eu superior, profundo e sagrado, que em si oculta.

Narciso morre porque olha só para si mesmo, esse é o perigo de quem dedica toda vida a satisfazer necessidades que não atendem ao verdadeiro anseio humano de se realizar. 
Eco morre porque só olha narciso, esse é o perigo de projetar no outro a nossa razão de viver. 

Narciso simboliza a capacidade de olharmos para nós mesmos; Eco simboliza a capacidade de olhar o outro. É o olhar em si que encontra o outro; é o olhar no outro que encontra a si mesmo. Embora o narcisista pense apenas em si, nunca poderá conhecer a si mesmo se não tiver uma posição exterior para se ver como realmente é. 

Narciso é incapaz de ver o efeito que provoca nos outros; sabe que atrai aduladores e admiradores e Eco transforma-se no espelho do negligente Narciso. Ele se julga intocável; ela alimenta o desejo de estar em seus braços. Eco é a repetição das ideias conhecidas sempre hostil ao novo.

Ao se apaixonar por Narciso, Eco repetiu... repetiu... e foi perdendo força, impedida de viver e amar. Eco se refugiou nas grutas, assim como a mente que teima em repetir perdendo quotas do que é novo em suas vidas. O presente é a única instância onde a vida se processa; o futuro ainda não existe e o passado é repetição, um eco. O presente é a medida do novo e trazer Eco para o presente é fazê-lo mais velho, embora ainda pareça novo.

Com seu egoismo implacável, Narciso pensa só em sí próprio e Eco só pensa em Narciso, então sua autoestima permanece frágil até a morte. Ele não se identifica com os outros e assim transforma as vozes na sua propria voz; ela não tem voz própria, está condenada à repetição da imitação. 

Enquanto eco agarra-se ao objeto amado, ele mantem-se à distancia. Tirésias sabia que para sobrevivermos temos de superar o narcisismo, pois temos de aceitar que somos transitórios e mortais, e só assim seremos capazes de nos transformar, nossa auto estima estará segura e teremos a beleza interior.

Quando Narciso vê o próprio reflexo, nos remete a "reflectere", de "re" novamente e "flectere" curvar-se, ou seja, um retorno que se faz curvando para o passado. Reflexão não é apenas um ato de pensar, mas é uma atitude de deter-se para procurar lembrar-se de algo que já foi visto antes e confrontar com o presente. 

Reflexos e sombras nos espelham de alguma maneira. Alguns povos ainda hoje não admitem que sua imagem seja refletida em água, espelho e fotografia; diz-se que a alma poderia ficar retida no reflexo permanecendo disponível às forças do mal.

A sombra representa o que não conhecemos de nós mesmos, mas que podemos ainda conhecer, tal como as nossas
potencialidades que ainda não desenvolvemos. Também faz parte da nossa sombra o que mais detestamos em nós mesmos, e por isso tentamos esquecer ou reprimir de alguma forma. 

Para negar o que não gostamos em nós mesmos, projetamos nos outros. Quando refletimos no Narciso que vive em nós, nos confrontamos com algo sombrio, o medo da sombra, do diferente, do desconhecido, do que nos incomoda e que não queremos ver no outro.

Nos sentimos mais confortáveis quando somos admirados e reconhecidos, e precisamos disso para saber o nosso valor,
de que somos importantes para alguém. Assim continuamos procurando e nos apaixonando por nossos reflexos, por nossos semelhantes e iguais, enquanto tentamos afastar todos aqueles que que não tem a nossa cor, os nossos costumes, nossa raça, nosso nível cultural ou poder econômico, e convicções politicas e religiosas. 

Enquanto vamos em busca dos nossos reflexos, ampliamos mais nossa sombra, entorpecemos nossos sentidos. Para evoluir temos de refletir, aprendendo a lidar com as diferenças e conflitos. Como num espelho, ao interargirmos com o outro nos colocamos no lugar dele, sem perder nossa referencia. 

E o que mais nos fascina é a nossa imagem irreal, aquela que fazemos de nós mesmos. A pessoa fascinada parece estar em transe; o narcisista quer congelar a juventude e exorcizar a velhice. Idolatra o prazer e vive no espirito do encanto e da sedução.

O mito de Narciso pode servir de
metáfora para muitos de nós, quando não conseguimos nos olhar com imparcialidade. E o nosso trabalho interior se torna um meio de projetar a vaidade humana na cantiga do eu sozinho: eu faço, eu sou, eu quero, eu posso. 

Narciso morreu embriagado pela própria beleza e encantamento, e os deuses o transformaram numa flor. A lição do mito é que o conhecimento só vinga se houver autoconhecimento, de potencialidades ou limitações, compartilhando o que sabe, eliminando vaidades que impede de aproveitar talentos e somá-los ao conhecimento dos demais. E assim escrever uma história de vida que reflita valores éticos, morais espirituais.

O conhecimento mal direcionado só
alimenta o individualismo e a necessidade da ribalta. Quando nos deixamos levar pela excessiva vaidade e orgulho, tornamo-nos reféns de nossa auto imagem. Magnetizado por ela, passamos a usar nossa luz de forma mesquinha e presos nessa miragem, perdemos a capacidade de irradiar nossa luz, afastando-nos da essência, entusiasmamos pelo palco, pelo aplauso e pelo falso elogio. Somente a dura lição de Cronos, o senhor do tempo, mostra-nos a verdade, muitas vezes, tardiamente.

Se Narciso se encontra com outro Narciso e um deles finge que ao outro admira, para sentir-se admirado, o outro pela mesma razão finge também e ambos acreditam na mentira. Para Narciso o olhar do outro, a voz do outro, o corpo é sempre o espelho em que ele a própria imagem mira. 

E se o outro é como ele um outro Narciso, é espelho contra espelho: o olhar que mira reflete o que o admira num jogo multiplicado em que a mentira de Narciso a Narciso inventa o paraíso. E se amam mentindo no fingimento que é necessidade e assim mais verdadeiro que a verdade. Mas exige o amor fingido, ser sincero o amor que como ele é fingimento. 

E fingem mais os dois com o mesmo esmero com mais e mais cuidado - e a mentira se torna desespero. Assim amam-se agora se odiando. O espelho sempre embaçado, já que Narciso em Narciso não se mira: se torturam, se ferem, não se largam, que o inferno de Narciso é ver que o admiravam de mentira...




67 comentários:

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    2. Eu sou o narciso eu gostei da minha historia muito legal

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    3. Bem interessante a mitologia grega , eu tenho um amigo em São Paulo, e que precisou de psicologo para vencer o narcizismo.Prof. Rubens, sorriso <MT

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  2. Muito desafiante, porem real.

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  3. Agradeço pelos comentários e aceito sugestões de outros temas. Abraço, Lucia

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    1. Nossaaa. Não foi somente legal. Foi fantástico. Nem imaginava que ao procurar a história de Narciso teria essa cachoeira de informações.

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    2. Nossaaa. Não foi somente legal. Foi fantástico. Nem imaginava que ao procurar a história de Narciso teria essa cachoeira de informações.

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    3. ola lucia amei a historia vc podia contar o suplicio de tantalos poucos conhecem a historia

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    4. Este comentário foi removido pelo autor.

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  5. Ola Lucia. Bom dia. Como consultor de empresas, tenho sido sempre desafiado a entender, porque os empreendedores ao assumirem uma empresa em andamento, quase sempre a levam à ruína. Minha opinião, atualmente, é que o cerne da razão, está na vaidade do novo líder em provar para si mesmo, e os demais, mormente os funcionários, clientes e fornecedores, que ele é superiormente mais competente que o empresário substituído. Ocorre que na grande maioria das vezes, esta vaidade supera a razão, no que concerne a defesa dos interesses da empresa, ou seja o lucro. É que esta posição narcisista resulta em uma dificuldade de distinguir o que é lhe justificável (sua superior competência), do que é justificável à empresa, ou seja o lucro pelo crescimento no mercado. Neste momento as decisões tomadas pela vaidade, se tornam tão imperativas que a empresa acaba por ser sufocada na sua essência e com isso seu fim se torna uma questão de tempo. Sendo assim, atendendo seu post de 22/03/2014, penso que este seria um bom tema. Abraco, boa sorte.

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    1. se vc gosta de falar palavrão vai falar na cara da sua mãe

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    2. caralho

      Segundo a Academia Portuguesa de Letras, caralho é a palavra com que se denominava a pequena cesta que se encontrava no alto dos mastros das caravelas, de onde os vigias perscrutavam o horizonte em busca de sinais de terra.
      O caralho, dada a sua situação numa área de muita instabilidade (no alto do mastro) era onde se manifestava com maior intensidade o rolamento ou movimento lateral de um barco.
      Também era considerado um lugar de castigo para aqueles marinheiros que cometiam alguma infracção a bordo.
      O castigado era enviado para cumprir horas e até dias inteiros no caralho e quando descia ficava tão enjoado que se mantinha tranquilo por um bom par de dias. Daí surgiu a expressão:
      -Vai pró caralho!

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    3. falou e disse, ninja, kskssk

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  7. Ótimo texto e muito bom ver seu ponto de vista sobre esses assuntos. Mostra as vezes lados que não conseguimos ver se não pararmos para pensar.

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  8. Conhecimento só vinga com autoconhecimento, perfeito e habitual.

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  9. Um verdadeiro SURREAL que se faz real em nossas vidas.
    Gostei!

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  10. Gostei muito, parabéns pelo trabalho!!!

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  11. Olá,ótima exposição. Você poderia me passar as referências bibliográficas consultadas para a formalização deste texto? se pude agradeço.

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  12. Este comentário foi removido pelo autor.

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  13. quais ninfas jogaram a maldição em narciso ?

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  14. TEXTO IMPECÁVEL ! NOS TRAZ À REFLEXÃO DE QUANTO TEMOS EM NÓS UM POUCO DE NARCISO...........GRATA!

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  15. Excelente :-) !!!! Parabéns!!!! :-)

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  16. agora sei o por quer narciso acha feio o que não e espelho

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  17. poderia me dizer se o primeiro paragrafo e uma introdução

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  18. Muito bom explicado de uma maneira fácil de entender parabéns

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  19. Adorei o texto, muito bom! Você tem alguma referência bibliografica pra me passar? Muito obrigada!

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  20. Gostei muito do texto,ficou otimo,a explicação nem se fala,parabéns!

    :) :)

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  21. Como dizia Caetano, É que Narciso acha feio,o que não é espelho...",vivemos no mundo das aparências, ou seja, apoiados em valores transitórios e passageiros, mas se é assim que o mundo o é, fica difícil remar contra a maré, no mínimo seremos rejeitados com nosso discurso de beleza interior...

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  22. Não cheguei a fazer a leitura de todo conteúdo em razão da correria. Mas adorei conhecer a origem da terminologia narcisismo.

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  23. Sinto-me feliz por ter lido um contexto tão bem estruturado. Gosto muito de mitologia, mas também gosto de coerência; essa explanação tem os dois. Parabéns pelo belo trabalho!

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  24. Agora que eu entendi, da onde vem o termo "Mãe Narcisista", tem muitas mães que são assim com os seus filhos, infelizmente, isso é mais comum, do que agente pensa.

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  25. Texto para uma boa reflexão! Gostei da leitura do mito.

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  26. Respostas
    1. Não morreu, mas virou a flor Narciso. Pesquise a imagem dessa flor no Google.

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  27. Adorei o texto. trabalho excelente, sou apaixonado pela Cultura e Mitologia Grega. Esse texto se lido com atenção servirá para reflexão de muitos leitores sobre o seu eu. Parabéns!

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  28. Belo texto, mas esses dois últimos parágrafos é um poema do Ferreira Gullar intitulado Narciso e Narciso. Seria legal e enriqueceria ainda mais o texto se destacasse essa referência. Abs

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  29. Nossa... Eu acabei de ter uma epifânia com esse texto. O mito de Narciso é o meu favorito e esse texto expressou com perfeição a profundidade do assunto "narcisismo".
    Abraços para você e tudo de bom. <3

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  30. Muito reflexivo eu ja tinha estudado na pos graduação em Arte e Educação , foi bom revisar e ter mais rerencia. Sou Psicoterapeuta e ja ajudei pessoas narcizista são muita egocentrica e individualista. Prof. Rubens, Sorriso , MT

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Agradeço os seus comentários, críticas e sugestões

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Quem sou

Nascida em Belo Horizonte, apaixonada pela vida urbana, sou fascinada pelo meu tempo e pelo passado histórico, dois contrastes que exploro para entender o futuro. Tranquila com a vida e insatisfeita com as convenções, procuro conhecer gente e culturas, para trazer de uma viagem, além de fotos e recordações, o que aprendo durante a caminhada. E o que mais engradece um caminhante é saber que ao compartilhar seu conhecimento, possa tornar o mundo melhor.

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