Hermafrodito era fruto de um romance adúltero entre Hermes e Afrodite, por isso ele foi criado pelas Ninfas das florestas da Frídia se tornando um jovem de extraordinária beleza. Ele não se interessava pelas mulheres, apenas queria viajar para conhecer o mundo e aventurar-se por terras desconhecidas.
Em uma de suas viagens parou para descansar à beira de um lago. A Ninfa Salmácis que reinava sobre aquelas águas apaixonou-se por ele e logo tendo-o visto, tentou seduzí-lo mas Hermafrodito não se deixou envolver pelos seus encantos. Sálmacis tentava obter o amor do rapaz por todos os meios, mas nada conseguia.
Remoída pelo despeito e consumida pelo desejo que cada dia se tornava mais intenso, Salmácis ficava de longe espiando entre as folhagens. Certo dia Hermafrodito resolveu se banhar nas águas. Quando Salmácis o viu dentro de seus domínios, despiu-se e entrou nas águas abraçando Hermafrodito. Aderindo ao corpo dele, ordenou às águas que os unisse para sempre e que jamais seus corpos se separassem. Imediatamente as águas se agitaram e começaram a girar em volta deles.
Embora Hermafrodito tentasse se afastar, uma atração além de suas forças fez com que seu corpo se aderisse cada vez mais ao corpo da Ninfa. Subitamente ele compreendeu a intensidade do amor que ela sentia, um amor que se infiltrava por sua pele e invadia seu organismo. Assim ele deixou que seu corpo se fundisse ao corpo de Sálmacis até que os dois se transformaram em um único ser.
O momento da fusão definitiva causou-lhe êxtase tomando-lhe os sentidos, sendo homem e mulher, participando de uma única natureza, em equilíbrio, perfeito e completo, em um só ser ao mesmo tempo sendo dois. E assim ordenou que todos aqueles que se banhassem naquele lago, poderiam se tornar macho e fêmea, em um só corpo. Porém os homens evitavam de banhar-se naquele lago temendo perder a sua virilidade.
A partir do instante de nascimento, o potencial de integração está presente em cada um de nós: da intuição e da expressão, da mente e do sentimento, do relacionamento e da solidão, do conflito e da harmonia, do espírito e da matéria. Todos estes opostos continuamente lutam dentro de nós e por causa dessa batalha, moldam a nossa personalidade.
Somos humanos e por isso mesmo imperfeitos. Em alguns momentos nos conscientizamos dos elementos conflitantes de nossa personalidade, eles se aquietam numa resolução interna para a trégua e a paz pode ser sentida. Mas quando nos deparamos com esses opostos da vida dentro de nós e negamos a existência do conflito, reprimindo-os, os jogamos no inconsciente. O que dele sobra, projetamos nos outros ou em qualquer coisa externa, dispendendo energia para lutar contra algo que na verdade está apenas em nós mesmos.
É um estado de ambivalência, parte da condição humana que poucos tem a coragem de admitir. Assim, quando conseguimos compatibilizar o consciente e o inconsciente, numa viagem de descoberta dos opostos, completamos algo e nos sentimos reconfortados pela sensação de ter atingido um objetivo e um novo desafio começa a surgir. Continuamente vamos mudando, nos movimentando na direção da totalidade, sem jamais atingi-la, exceto de maneiras sutis e imperceptíveis.
Em uma de suas viagens parou para descansar à beira de um lago. A Ninfa Salmácis que reinava sobre aquelas águas apaixonou-se por ele e logo tendo-o visto, tentou seduzí-lo mas Hermafrodito não se deixou envolver pelos seus encantos. Sálmacis tentava obter o amor do rapaz por todos os meios, mas nada conseguia.
Remoída pelo despeito e consumida pelo desejo que cada dia se tornava mais intenso, Salmácis ficava de longe espiando entre as folhagens. Certo dia Hermafrodito resolveu se banhar nas águas. Quando Salmácis o viu dentro de seus domínios, despiu-se e entrou nas águas abraçando Hermafrodito. Aderindo ao corpo dele, ordenou às águas que os unisse para sempre e que jamais seus corpos se separassem. Imediatamente as águas se agitaram e começaram a girar em volta deles.
Embora Hermafrodito tentasse se afastar, uma atração além de suas forças fez com que seu corpo se aderisse cada vez mais ao corpo da Ninfa. Subitamente ele compreendeu a intensidade do amor que ela sentia, um amor que se infiltrava por sua pele e invadia seu organismo. Assim ele deixou que seu corpo se fundisse ao corpo de Sálmacis até que os dois se transformaram em um único ser.
O momento da fusão definitiva causou-lhe êxtase tomando-lhe os sentidos, sendo homem e mulher, participando de uma única natureza, em equilíbrio, perfeito e completo, em um só ser ao mesmo tempo sendo dois. E assim ordenou que todos aqueles que se banhassem naquele lago, poderiam se tornar macho e fêmea, em um só corpo. Porém os homens evitavam de banhar-se naquele lago temendo perder a sua virilidade.
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O mito de Hermafrodito é a imagem da experiência de sermos inteiros e completos. O masculino e feminino representam muito mais do que simples identificações do corpo; são as grandes polaridades que circundam todos os opostos da vida. É o símbolo da integração em potencial dos opostos dentro de uma personalidade.A partir do instante de nascimento, o potencial de integração está presente em cada um de nós: da intuição e da expressão, da mente e do sentimento, do relacionamento e da solidão, do conflito e da harmonia, do espírito e da matéria. Todos estes opostos continuamente lutam dentro de nós e por causa dessa batalha, moldam a nossa personalidade.
Somos humanos e por isso mesmo imperfeitos. Em alguns momentos nos conscientizamos dos elementos conflitantes de nossa personalidade, eles se aquietam numa resolução interna para a trégua e a paz pode ser sentida. Mas quando nos deparamos com esses opostos da vida dentro de nós e negamos a existência do conflito, reprimindo-os, os jogamos no inconsciente. O que dele sobra, projetamos nos outros ou em qualquer coisa externa, dispendendo energia para lutar contra algo que na verdade está apenas em nós mesmos.
É um estado de ambivalência, parte da condição humana que poucos tem a coragem de admitir. Assim, quando conseguimos compatibilizar o consciente e o inconsciente, numa viagem de descoberta dos opostos, completamos algo e nos sentimos reconfortados pela sensação de ter atingido um objetivo e um novo desafio começa a surgir. Continuamente vamos mudando, nos movimentando na direção da totalidade, sem jamais atingi-la, exceto de maneiras sutis e imperceptíveis.
Hermafrodito é um dos mitos mais poderosos e de forte significado da mitologia grega, infelizmente frequentemente "esquecido", de certo por nossa sociedade "moderna" não compreender, não aceitar e temer temas "cabeludos" como um maravilhoso deus/deusa que é ao mesmo tempo homem e mulher.
ResponderExcluirOi Fábio, você sabe onde eu posso encontrar mais sobre esse mito?
ExcluirVeja aqui: https://www.mitoselendas.com.br/2020/05/hermafrodito-deus-dos-hermafroditas-efeminados.html
ExcluirMaravilhoso e intrigante!
ResponderExcluirFarei uma palestra nos próximos dias sobre @s intersexuais e vou ilustrar com o mito. Achei essa versão bastante atraente. Farei menção ao blog. Obrigada. Carla Carvalho
ResponderExcluirHemafrodito é algo que esta em ebulição dentro do meu ser e que ainda não sei explicar ¨sozinho¨.Toda essa energia, uma espécie de yin yang, está em mim n,alguns momentos. Preciso aprender a trabalhá-la e avaliá-la corretamente,mas como disse: ainda não consegui a direção certa...
ResponderExcluirHá alguma outra versão para esse mito?
ResponderExcluirVeja nesse link: https://www.mitoselendas.com.br/2020/05/hermafrodito-deus-dos-hermafroditas-efeminados.html
ExcluirMuito bom só esqueceu de mencionar os pais Afrodite e Hermes.
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