A maldição sobre a descendência de Layo não se encerrou na tragédia de Édipo. Após a morte do seu pai, Antígona retornou a Tebas, para juntar-se aos irmãos, Ismena, Etéocles e Polinice, únicos parentes que lhe restaram no mundo. Os irmãos Etéocles e Polinice estavam em uma acirrada disputa pelo trono e em um confronto, os dois irmãos envolveram-se em uma luta sangrenta e fatal. O resultado foi a morte de ambos.
Creonte, irmão de Jocasta, herdou o trono de Tebas. Etéocles era o sobrinho preferido de Creonte, por isso ele o enterrou com todas as honras, deixando o corpo de Polinice abandonado onde tombara morto, proibindo sob pena de morte, qualquer pessoa de enterrá-lo. Antígona não se conformou com a sorte de Polinice, tentou sob todos os argumentos, convencer o tio a deixar que o irmão fosse sepultado, pois sabia que sem os rituais fúnebres o malogrado príncipe seria condenado a vagar por cem anos pelas margens do rio dos mortos.
Diante da indiferença de Creonte, Antígona desobedeceu às suas ordens e enterrou Polinice com as próprias mãos. Como castigo, o soberano condenou-a a ser enterrada viva. Mesmo diante das súplicas de Ismena, a mais bondosa filha de Édipo foi cruelmente enterrada viva pelos arautos de Creonte. Ismena, a última sobrevivente dos filhos de Édipo e Jocasta, seria morta mais tarde pelo guerreiro Tideu. Ao atingir a terceira geração, estava concretizada a maldição lançada por Pélops sobre os Labdácidas.
Édipo tem a inteligência como aliada que o faz justo, decifrador dos enigmas humanos e dos deuses, tornando-o, através da sabedoria, líder e vencedor do seu povo. Mas justamente o maior enigma que rege a sua própria vida, será o ponto de busca de Édipo. Preso ao emaranhado das suas verdades e nos atos que praticou, o destino decidiria a sua tragédia. Ele não foi induzido ao erro para que se concretizasse a maldição lançada sobre seu pai Layo; ele se colocou nas mãos do destino.
Édipo é sinônimo da maior tragédia do teatro grego, ponto fundamental da sua essência. É o maior personagem humano criado pela genialidade imaginativa da cultura da Grécia antiga. Uma das características das religiões politeístas é de que o homem nasce e vive já com a determinação do destino, entidade maior e soberana aos deuses. Os monoteístas afirmam que é o homem quem, através do livre arbítrio, determina o seu destino.
O mito de Édipo alinha as contradições pois ele herdou a maldição lançada sobre as gerações da sua família. A vitória sobre a esfinge, a vontade de triunfar sobre a maldição dos deuses, o assassinato do pai, o casamento com a própria mãe e a necessidade inquietante de descobrir as verdades da alma humana, fazem de Édipo o mais vulnerável dos homens diante do espelho, assim como é a humanidade diante das suas próprias verdades.
Édipo é a chave entre a verdade e a mentira. Ao descobrir quem é, não suporta a imagem do mundo e de si mesmo, e arranca os próprios olhos. Édipo, dentro da sua tragédia, é a mais perfeita concepção humana da criação mitológica, a visão que foge do herói e dos deuses, esboçando o retrato universal da psicologia da mente do homem e da sua eterna luta contra os deuses criados para justificar a solidão da alma. No auge do poder e da sua felicidade, Édipo é confrontado com as verdades dos seus atos. Fato a fato, desvenda-se a mais cruel das verdades.
O mito representa a luta do homem contra o cego destino que o aguarda. Édipo é inocente perante o destino, mas carrega a culpa por seus atos e suas escolhas. Édipo se viu diante de muitas escolhas que poderiam ter determinado outro destino, talvez livre de tantos infortúnios para si e para outros. Ele tinha indícios suficientes para evitar tão dramáticas consequências. O que Édipo poderia ter feito?
A vida nos traz inquietações e nos faz buscar respostas, mesmo que para isso precisemos tomar novos rumos e enfrentar novos desafios. Assim como Édipo, cada ser humano tem a liberdade de ir em busca da sua felicidade, porém o mais importante é ter dentro de si o equilibrio interior e estar em harmonia consigo mesmo, pois só dentro de si é que encontrará sustentação para viver.
Creonte, irmão de Jocasta, herdou o trono de Tebas. Etéocles era o sobrinho preferido de Creonte, por isso ele o enterrou com todas as honras, deixando o corpo de Polinice abandonado onde tombara morto, proibindo sob pena de morte, qualquer pessoa de enterrá-lo. Antígona não se conformou com a sorte de Polinice, tentou sob todos os argumentos, convencer o tio a deixar que o irmão fosse sepultado, pois sabia que sem os rituais fúnebres o malogrado príncipe seria condenado a vagar por cem anos pelas margens do rio dos mortos.
Diante da indiferença de Creonte, Antígona desobedeceu às suas ordens e enterrou Polinice com as próprias mãos. Como castigo, o soberano condenou-a a ser enterrada viva. Mesmo diante das súplicas de Ismena, a mais bondosa filha de Édipo foi cruelmente enterrada viva pelos arautos de Creonte. Ismena, a última sobrevivente dos filhos de Édipo e Jocasta, seria morta mais tarde pelo guerreiro Tideu. Ao atingir a terceira geração, estava concretizada a maldição lançada por Pélops sobre os Labdácidas.
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A mitologia grega é constituída por uma vasta e rica galeria de personagens, dividida em deuses, semideuses e heróis. O mito de Édipo é o mais humano de todos, uma síntese da visão grega antiga diante da miséria e tragédia humana. Retratado como viril e inteligente, seu mito foge dos heróis tradicionais, como Aquiles, que têm a força guerreira como essência da virilidade e das aventuras épicas. Édipo tem a inteligência como aliada que o faz justo, decifrador dos enigmas humanos e dos deuses, tornando-o, através da sabedoria, líder e vencedor do seu povo. Mas justamente o maior enigma que rege a sua própria vida, será o ponto de busca de Édipo. Preso ao emaranhado das suas verdades e nos atos que praticou, o destino decidiria a sua tragédia. Ele não foi induzido ao erro para que se concretizasse a maldição lançada sobre seu pai Layo; ele se colocou nas mãos do destino.
Édipo é sinônimo da maior tragédia do teatro grego, ponto fundamental da sua essência. É o maior personagem humano criado pela genialidade imaginativa da cultura da Grécia antiga. Uma das características das religiões politeístas é de que o homem nasce e vive já com a determinação do destino, entidade maior e soberana aos deuses. Os monoteístas afirmam que é o homem quem, através do livre arbítrio, determina o seu destino.
O mito de Édipo alinha as contradições pois ele herdou a maldição lançada sobre as gerações da sua família. A vitória sobre a esfinge, a vontade de triunfar sobre a maldição dos deuses, o assassinato do pai, o casamento com a própria mãe e a necessidade inquietante de descobrir as verdades da alma humana, fazem de Édipo o mais vulnerável dos homens diante do espelho, assim como é a humanidade diante das suas próprias verdades.
Édipo é a chave entre a verdade e a mentira. Ao descobrir quem é, não suporta a imagem do mundo e de si mesmo, e arranca os próprios olhos. Édipo, dentro da sua tragédia, é a mais perfeita concepção humana da criação mitológica, a visão que foge do herói e dos deuses, esboçando o retrato universal da psicologia da mente do homem e da sua eterna luta contra os deuses criados para justificar a solidão da alma. No auge do poder e da sua felicidade, Édipo é confrontado com as verdades dos seus atos. Fato a fato, desvenda-se a mais cruel das verdades.
O mito representa a luta do homem contra o cego destino que o aguarda. Édipo é inocente perante o destino, mas carrega a culpa por seus atos e suas escolhas. Édipo se viu diante de muitas escolhas que poderiam ter determinado outro destino, talvez livre de tantos infortúnios para si e para outros. Ele tinha indícios suficientes para evitar tão dramáticas consequências. O que Édipo poderia ter feito?
- Nunca matar, assim evitaria de assasinar acidentalmente o pai.
- Nunca casar-se com uma mulher mais velha do que ele, pois evitaria de casar-se com sua mãe.
- Nunca achar-se tão sábio e contentar-se em saber que pouco sabe diante da soberba sabedoria que rege o universo.
A vida nos traz inquietações e nos faz buscar respostas, mesmo que para isso precisemos tomar novos rumos e enfrentar novos desafios. Assim como Édipo, cada ser humano tem a liberdade de ir em busca da sua felicidade, porém o mais importante é ter dentro de si o equilibrio interior e estar em harmonia consigo mesmo, pois só dentro de si é que encontrará sustentação para viver.
Nunca matar, assim evitaria de assasinar acidentalmente o pai.
Nunca casar-se com uma mulher mais velha do que ele, pois evitaria de casar-se com sua mãe.
Nunca achar-se tão sábio e contentar-se em saber que pouco sabe diante da soberba sabedoria que rege o universo.
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Primeiro lugar Edipo nao sabia que o pai adotivo nao era pai dele ainda, entao nao tinha culpa; tanto é q ele se fastous dos pais adotivos pra tentar evitar isso.
1> Aquele que mandou Edipo se afastar, fez de um jeito arrogante, e ele como nao aceitou esse abuso nao saiu. Ai o resto foi legitima defesa.
2> O oraculo falou especificamente sobre a mãe dele, nao sobre mulheres mais velhas, como ele suponha que a mae adotiva era a verdadeira, ele agiu como muitos agiriam na propria ignorancia. Alem disso pq os pais adotivos nao contaram a verdade? Foi mais um problema de falta de informação. Mas como ele tava amaldiçoado, ia dar ero de qualquer jeito.
3> Entao o melhor era nao ter ido consultar oraculo pra ter mais sabedoria? Nao sei se entendi bem esse ponto. Mas se o destino ja tava traçado, entao essa questao é a de menos - achando ele ser mais sabio ou nao, tava pagando pelo erro do pai que foi punido por esse mesmo filho.
Pobre Édipo, esta história me deixa tão triste. Concordo com os pontos sobre os quais ele poderia evitar o destino, mas infelizmente não foi possível para ele.
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