segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Hefesto e a aceitação incondicional




Zeus e Hera conceberam o filho Hefesto, que infelizmente nasceu feio e deformado. Seus pés tortos e seus quadris deslocados, faziam do seu caminhar um motivo de riso no Olimpo. Sua mãe Hera considerada uma das mais belas deusas e tão grandiosa sinta-se envergonhada de ter produzido tão horrenda criatura.

Tentando livrar-se do filho, atirou-o do alto do Olimpo para que ele morresse no mar. Porém Tétis, a rainha dos oceanos, o salvou. Durante alguns anos o menino passou escondido sob as águas, mas Hefesto revelou grande talento como forjador inventando engenhosos objetos de ferro e ouro. Ainda se sentia muito magoado pelo modo que sua mãe o havia tratado e assim planejou uma vingança.

Certo dia Hefesto esculpiu e decorou um lindo trono de ouro e mandou o presente para Hera. Encantada com o presente ela nem quis saber de quem era o presente e sentou no trono. Subitamente foi agarrada por mãos invisíveis. Em vão os deuses tentavam soltá-la, mas as mãos revelaram que somente obedeceriam a Hefesto. Somente ele poderia soltá-la.

Os deuses recorreram a Hefesto, mas ele se recusava a atendê-los. Só cedeu aos apelos diante de uma exigência: que tivesse
como esposa a mais linda das deusas e que ele pudesse morar no Olimpo. Para salvar-se, Hera atendeu o pedido do filho. Assim ele se tornou o ferreiro dos deuses e pacificador entre os imortais.


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O mito de Hefesto nos recorda da dívida indestrutível da aceitação incondicional que deve haver entre os seres humanos. Muitas vezes as pessoas são rejeitadas por não corresponderem às expectativas dos outros, por não serem iguais a eles, por não terem os mesmos interesses e aptidões ou até mesmo por apresentarem alguma deficiência física. No entanto, cada pessoa possui e pode surpreender a todos com a sua capacidade de produzir grandes obras usando de seu talento próprio. 

Muitos pais rejeitam os filhos por eles não terem os mesmos interesses, por pensarem diferente ou por agirem de modo
diferente da família. Grupos rejeitam aqueles que pensam diferente. Culturas rejeitam outras. Religiões são intolerantes com outras. A sociedade capitalista rejeita os pobres. Raças rejeitam outras raças . E assim segue uma lista interminável de rejeições.

Reconhecer que o preconceito que nos abraça nos distancia do contato amoroso com os outros, é a oportunidade de criar laços de amor, superando conflitos, mágoas e diferenças. É oferecer o melhor de nós mesmos, compreendendo que os outros podem nos proporcionar grandes alegrias e expressões de afeto.

Apesar dos outros não corresponderem à imagem que desejamos e esperamos,  podemos aprender muito com eles. Embora não seja possível mudar as pessoas e nem algumas circunstâncias, podemos mudar o nosso modo de pensar. Também podemos aprender que os nossos pensamentos podem nos aprisionar.

Vencer pensamentos negativos e derrotistas nos ajudam a enfrentar problemas do cotidiano, tornando a nossa vida mais simples e mais feliz, mas também a lidar mais racionalmente com a raiva, fobias, ataques de pânico, ansiedade, depressão, insônia, frustrações, estresse. Pode ser ainda muito eficaz para nos ajudar desafios, vícios, dependência de drogas, disfunção sexual e problemas de relacionamento.




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Quem sou

Nascida em Belo Horizonte, apaixonada pela vida urbana, sou fascinada pelo meu tempo e pelo passado histórico, dois contrastes que exploro para entender o futuro. Tranquila com a vida e insatisfeita com as convenções, procuro conhecer gente e culturas, para trazer de uma viagem, além de fotos e recordações, o que aprendo durante a caminhada. E o que mais engradece um caminhante é saber que ao compartilhar seu conhecimento, possa tornar o mundo melhor.

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