Eco era uma linda ninfa que amava os bosques e os montes, onde se dedicava a distrações campestres. Porém tinha um grave defeito: falava demais e em qualquer conversa ou discussão, queria sempre dizer a última palavra.
Um dia a deusa Hera saiu à procura do marido, de quem desconfiava, que sempre estava se distraindo com as ninfas. Mas Eco conseguiu entretê-la com sua conversa até as ninfas fugirem.
Um dia a deusa Hera saiu à procura do marido, de quem desconfiava, que sempre estava se distraindo com as ninfas. Mas Eco conseguiu entretê-la com sua conversa até as ninfas fugirem.
Percebendo isso, Hera a condenou: “Só conservarás o uso dessa língua com que me iludiste, para uma coisa de que gostas tanto: responder. Continuarás a dizer a última palavra, mas nunca poderá falar em primeiro lugar”.
Certa manhã a ninfa viu Narciso, um belo jovem que perseguia a caça na montanha. Apaixonada por ele, começou a seguir os seus passos, desejando ardentemente poder dirigir-lhe a palavra, e dizer-lhe frases gentis e agradáveis, para assim conquistar-lhe o afeto.
Certa manhã a ninfa viu Narciso, um belo jovem que perseguia a caça na montanha. Apaixonada por ele, começou a seguir os seus passos, desejando ardentemente poder dirigir-lhe a palavra, e dizer-lhe frases gentis e agradáveis, para assim conquistar-lhe o afeto.
Como não conseguia fazê-lo, em virtude do castigo imposto pela deusa Hera, não teve melhor alternativa senão esperar que ele falasse primeiro, para que ela finalmente pudesse responder. Quando Narciso procurava pelos companheiros ele gritava bem alto, mas Eco só conseguia responder a última palavra. Quando Narciso viu a jovem, fugiu dela.
Eco foi esconder sua vergonha no recesso dos bosques e passou a viver nas cavernas e entre os rochedos das montanhas. De pesar, seu corpo se transformou em rochedos e só restou a sua voz. A ninfa continua ainda disposta a responder a quem quer que a chame e conserva o velho hábito de dizer a última palavra...
Eco foi esconder sua vergonha no recesso dos bosques e passou a viver nas cavernas e entre os rochedos das montanhas. De pesar, seu corpo se transformou em rochedos e só restou a sua voz. A ninfa continua ainda disposta a responder a quem quer que a chame e conserva o velho hábito de dizer a última palavra...
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O mito de Eco revela que a pior prisão é aquela em que o ser humano não pode expressar o que pensa ou o que sente; é a tortura de conviver com seus pensamentos e sentimentos presos pelo medo ou pelas convenções ameaçadoras.
Olá Lúcia,
ResponderExcluirEstes textos são de sua autoria?
Abraço
s
ExcluirCostumo escrever sobre isto também:
ResponderExcluirhttp://receptaculodeideias.blogspot.com.br/search/label/HIST%C3%93RIA
Olá, Lúcia! Tenho lido a série 'As Máscaras de Deus', de Joseph Campbell. Estou no terceiro livro (Mitologia Ocidental). É uma obra fantástica! Não lembro exatamente qual foi a motivação que me levou a ler esse seu texto, mas não foi "obra do acaso". Interessante como a Mitologia me deu um choque de compreensão da realidade. Estou perdendo, cada vez mais, o medo de "botar a boca no trombone" e percebendo o quanto o nosso sistema de crenças é superficial! Ganhou mais um leitor a partir de hoje. Grande abraço!
ResponderExcluirVOu pesquisar sobre esse livro.
Excluirque porra
ResponderExcluirImbecil,isso é vida e eu acho que VC não tem uma...
Excluirboa tarde senhora Lúcia, gosto muito dessas historia e já Le algumas vezes, e muito legal apesar de mitos contos ou faz de conta, mais e muito interessante, vou continua lendo,um abraço!
ResponderExcluirMuito bom o texto. Sou professor de Filosofia, e sempre utilizo-me dos mitos para exemplificar comparativamente as nossas relações humanas. Parabéns!
ResponderExcluirHoje comi: arroz, feijão, ervilha e tomei suco de maga
ResponderExcluirQue maravilha, belo texto!!!
ResponderExcluirMuito bom texto.
ResponderExcluirmuito legal - mas a cegueira da delusão é o que de fato impede essa compreensão da realidade...
ResponderExcluirCaraca tô amando filosofia sério 😍♥️👉👈
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