quarta-feira, 16 de junho de 2010

Alexandre, o Grande





Alexandre III da Macedônia, o Grande ou Magno
Aléxandros ho Trítos ho Makedón
Aléxandros ho Mégas
Mégas Aléxandros 



Conhecido por tantos nomes, Alexandre - o Grande, nasceu em 20 de julho de 356 a.C. em Pella e faleceu na antiga Macedônia em 13 de junho de 323 a.C. Príncipe e Rei da Macedônia de 356 a.C. a 323 a.C. - era um dos três filhos do Rei Felipe II e de Olímpia.

Consagrou-se como o maior conquistador do Mundo Antigo e foi uma importante figura lendária que definiu o curso da história. Em apenas 13 anos conseguiu conquistar o maior império da história do mundo antigo. Apesar de ser chamado de O Grande, Alexandre Magno tinha apenas 1.52m, mas suas façanhas militares grandiosas ficaram marcadas para sempre.

Olímpia, a mãe de Alexandre, casou-se muito jovem com Felipe II em 360 a.C. Segundo Plutarco, ela era arrogante, de índole ciumenta, vingativa e  fomentava intrigas com o filho e o marido. Desde o nascimento de seu filho Alexandre em 356 a.C., a relação de Olimpia com Felipe II não era boa.

Na época existia a desconfiança quanto à fidelidade de Olímpia, já que alguns historiadores relatam que Alexandre poderia ser filho do rei Netanebo do Egito, quando este se refugiou na corte da Macedônia para fugir dos persas.  Entretanto Olímpia afirmava que Alexandre era filho de Zeus,  o rei dos deuses, fazendo com que o povo o reverenciasse como um legítimo deus.

Olímpia foi repudiada por Felipe II quando seu marido contraiu novas núpcias com a jovem macedônica Cleópatra, sobrinha de Átalo que era um dos guardas do rei. A poligamia não existia em Atenas; assim, o fato de Felipe casar-se com Cleópatra significava que Olimpia era uma rejeitada e seu filho, um bastardo. Todas as outras esposas seriam suas amantes ou simplesmente prostitutas. 

Após a morte de Felipe II em 336 a.C., para vingar-se Olímpia matou Caranus e a pequena Europa, os dois filhos gerados entre Felipe e Cleópatra. Depois forçou o suicídio de Cleópatra. Também recaíram sobre Olímpia as suspeitas de seu envolvimento no assassinato de Felipe II, já que ela teria concretizado sua vingança pessoal para ver seu filho Alexandre assumir o trono.





Sob a influência do filósofo Aristóteles, dos 13 aos 16 anos Alexandre aprendeu retórica, política, ciências físicas e naturais, geografia e tinha legítimo interesse pela história da Grécia e por obras de grandes autores. Destacou-se muito novo por sua inteligência, tendo se distinguido nas artes marciais e na doma de cavalos. Foi assim que ele dominou facilmente seu companheiro de viagem, o cavalo que batizou de Bucéfalo. 


Seu pai lhe transmitiu conhecimentos de estratégia e dotes de comando, que lhe serviu para vencer a batalha de Queronéia. Enquanto Felipe II estava em uma expedição bélica, Alexandre liderou uma expedição à atual Bulgária, vencendo os bárbaros locais. Ali ele erigiu sua primeira cidade: Alexandrópolis. Por essa façanha,  com apenas 16 anos de idade Alexandre tornou-se general do exército de seu pai. 


Rei da Macedônia

Com o assassinato do seu pai em 336 a.C., com apenas 20 anos Alexandre Magno subiu ao trono da Macedónia e assumiu a prioridade em iniciar a expansão territorial do reino. Ao saberem da morte de Filipe II, as Cidade-Estados gregas que estavam sob o domínio da Macedônia, rebelaram-se não aceitando Alexandre como soberano. O jovem líder valendo-se da eficiente Falange Macedônica conseguiu derrotar a Cidade de Tebas, cidade grega que era a mais preparada para a guerra. 


 Período Helenístico

Com a derrota do Exército Tebano, Alexandre conseguiu a submissão de todas as outras cidades gregas como Atenas e Esparta. Logo nos primeiros tempos de reinado o norte do seu reino foi atacado, mas ele venceu facilmente a batalha.
Contornada a situação na Grécia, Alexandre Magno voltou suas atenções para a Ásia onde há muito tempo o Império Persa desejava a destruição da Civilização Grega. Com isso Alexandre - O Grande inaugurou o Período Helenístico, onde a Cultura Grega misturou-se com os costumes dos povos asiáticos.

Batalha de Grânico

Em 334 a.C., Alexandre montado no seu Cavalo Bucefalus cruzou o Helesponto e com um número inferior de soldados enfrentou o Exército Persa de Dario II na Batalha de Grânico. Com incrível bravura, ele conduziu seu exército a uma surpreendente vitória. Logo depois partiu para a conquista do Império Persa. Seguiu a viagem triunfante, conquistando várias cidades até chegar a Górdia, onde conseguiu o domínio da Ásia.

Casamento

Em 328 a.C. Alexandre casou-se com Roxana e teve um filho que , Alexandre IV, que falece antes de chegar à idade adulta. No ano seguinte, segue com as suas tropas para a índia, onde realiza a fundação de várias cidades. Alexandre Magno casou com pelo menos duas mulheres: com Roxana, filha de um nobre pouco importante, e a princesa persa Statira II, filha de Dario III da Pérsia. 




Conquista da Pérsia

Em 333 a.C. Dário III - o rei dos persas - decidiu desafiar Alexandre Magno. Na batalha de Isso  os persas saíram vencidos, mas logo em seguida foram vencidos por Alexandre. Assim o rei da Macedónia assumiu a Síria e entrou no Egito. Aos poucos  o maior sonho de Alexandre ia se tornando realidade: unir a cultura oriental à ocidental. 

Em 332 a.C. foi fundada Alexandria, a cidade que se tornou importante pólo cultural. Um ano depois Alexandre enfrentou novamente Dário na Batalha de Gaugamela, vencendo em absoluto a Pérsia. Alguns meses depois Dario III - o rei dos persas - foi assassinado de modo traiçoeiro por Besso, um general persa. Com a morte de Dário III, Alexandre foi proclamado rei da Ásia e sucessor da dinastia persa.



Império Macedônico


Durante seus treze anos de reinado Alexandre ficou conhecido como Alexandre Magno, ou seja, o Grande. Depois de criar o império mais extenso da época, Alexandre decidiu continuar com sua expedição no Oriente tomando para si o Egito, a Babilônia e a Índia. 

Os reinos que Alexandre havia conquistado o acolheu como libertador. No Egito o grande conquistador foi recebido como Faraó. Dominou a Grécia, a Palestina, o Egito, anexou a Pérsia à Mesopotâmia e chegou à Índia.  A única cidade que foi destruída pelo desejo de Alexandre foi a Cidade de Persepolis. 

Ao organizar o Império Macedônico em nove reinos, fundou mais de 70 cidades; várias com o nome de Alexandria que serviram para o intercâmbio comercial com China, Arábia, Índia e interior da África. Dessas, a mais famosa está localizada no delta do rio Nilo no Egito. As conquistas de Alexandre propagavam a cultura grega no Oriente. A criação da biblioteca de Alexandria, com 700.000 volumes, transformou a cidade em centro irradiador da cultura helenística.  


Morte de Alexandre Magno

Os territórios conquistados não bastavam para Alexandre, por isso ele continuou avançar sobre as longínquas regiões da Ásia. Por onde passava fundava cidades, todas com o nome de Alexandria. Com suas tropas exaustas, ele decidiu retornar.

Na viagem  de retorno foi ferido mortalmente. Padeceu de febres desconhecidas, que nenhum médico soube curar. É possível que tenha contraído malária, febre tifóide, encefalite virótica ou tenha sido envenenado ou uma consequência de seu vício de alcoolismo. 

Ao chegar na Babilônia, em 13 de Junho de 323 a.C. Alexandre Magno faleceu com apenas 33 anos. Momentos antes de falecer  ele mandou convocar seus generais e fez os três últimos desejos:
Que o seu caixão fosse transportado por médicos,
ara mostrar que eles não tem o poder de cura perante a morte.

Que os seus tesouros cobrissem o chão, 
para que as pessoas entendessem que os bens conquistados ficam na terra.

Que as suas mãos ficassem fora de caixão, 
para mostrar que veio à terra de mãos vazias e que era assim que partia...





Post Mortem

Todos pedidos de Alexandre foram cumpridos e só vieram ressaltar a grandeza de seu espírito. Com a sua morte o império foi repartido entre os seus generais e a sua família acabou por ser exterminada. 

Por ter morrido ainda jovem e sem derrotas, muito se especula sobre o que teria acontecido se tivesse vivido mais tempo. Se houvesse liderado suas forças numa invasão das terras a oeste do Mediterrâneo, provavelmente teria alcançado sucesso. Nesse caso, toda a história da Europa ocidental poderia ser completamente diferente. 

Alexandre era um homem de visão, extremamente inteligente, que tentava uma síntese entre o oriente e o ocidente. Respeitava seus adversários e derrotados. Acolheu a família de Dario III, permitiu às cidades dominadas manter sua religião, seus cultos, costumes e língua e até encorajou o casamento de seus oficiais com mulheres persas. 

Era admirador das ciências e das artes. Fundou cidades como Alexandria, que viria a se tornar o maior centro cultural, científico e econômico da Antiguidade por mais de 300 anos, até ser substituída por Roma. 

Expandiu cidades, se empenhou em expandir o helenismo, homenageou veteranos feridos com nome de cidades e deu nome a uma cidade em homenagem a seu cavalo Bucéfalo. Algumas vezes se mostrava instável e sanguinário, destruindo cidades inteiras, como Tebas e Persépolis; além de ter assassinado seu melhor general devido à ligação com um eunuco. 

Ele tinha a intenção de fazer ainda mais conquistas. Sabe-se que planejava invadir a Arábia e, provavelmente, as regiões ao norte do Império Persa. Poderia também ter planejado outra invasão da Índia ou a conquista de Roma, Cartago e do Mediterrâneo Ocidental.

Infelizmente nenhuma das fontes contemporâneas sobreviveu (Calístenes e Ptolomeu), nem sequer das gerações posteriores. Muitos dos pormenores da sua vida são bastante discutíveis...



sábado, 12 de junho de 2010

Filhos de Afrodite e Ares





Nascida do esperma de Urano que foi jogado ao mar, Afrodite era a deusa do amor e da beleza. Sempre amou a alegria e o glamour e nunca se satisfez sendo esposa de Hefesto. Amou e foi amada por diversos deuses e mortais. 

Punia quem ousasse possuir ou comparar sua beleza. Apesar de ser casada com Hefesto, Afrodite era sedutora e tinha vários amantes. Os filhos de Afrodite mostram seu domínio sobre as mais diversas faces do amor e da paixão humana. 

Hermafrodito era filho de Afrodite com Hermes, o mensageiro dos deuses. Representa a fusão dos dois sexos e não tem gênero definido. Teria nascido extremamente bonito e transformou-se num ser andrógino quando a Ninfa Salmacis tentou seduzi-lo mas foi rejeitada. Ela esperou que ele entrasse no lago e mergulhou entrelaçando-se com ele e pediu aos deus para os unirem para sempre.

Eros era filho de Afrodite com Ares, Hermes ou Zeus. Queixando-se que seu filho continuava sempre criança, a deusa da prudência explicou que Eros era muito solitário e haveria de crescer se tivesse um irmão. Pouco tempo depois nasceu Anteros e Eros tornou-se robusto e cresceu.

Anteros era filho de Afrodite com Ares. Era o deus da ordem e foi criado por um pescador. Como seu próprio nome diz, ele era oposto de Eros. Seus poderes são de dar ordem e as pessoas obedecerem. Era o irmão de Eros que só cresceu depois que ele nasceu.

Fobos - o medo e Deimos - o terror eram os gêmeos filhos de Afrodite e Ares. Eles acompanhavam o pai nas batalhas, injetando nos corações dos inimigos a covardia e o medo, fazendo-os fugir. Na astronomia, Fobos e Deimos são as duas luas do planêta Marte.

Harmonia era a deusa da concórdia. Filha de Afrodite e Ares, casou-se com Cadmo, rei de Tebas.

Himeneu era o deus grego do casamento, filho de Afrodite e Apolo. Como era de se esperar, sendo filho de uma linda deusa e do deus mais bonito do Olimpo, Himeneu era confundido com as mais lindas moças devido a sua exuberante beleza.

Príapo era filho de Afrodite e Dioniso. Era considerado protetor dos rebanhos, uvas e abelhas. Hera sentia inveja e ciúmes de Afrodite e fêz que Príapo nascesse com uma grande deformidade, um pênis absurdamente exagerado. Por sua libertinagem, Príapo se tornou objeto de terror e repulsa.

Eneias foi um chefe troiano, filho de Afrodite e Anquises. Com a queda de Tróia, Eneias partiu com sua família carregando seu velho pai nos braços, que o orientou até chegar às novas terras.

ARES, deus da guerra e da violência, tinha Éris como companheira de batalha - deusa da discórdia. Era amante de Afrodite, a esposa de seu irmão, com quem teve vários filhos e também outras inúmeras amantes. Ares também seduziu Réia Silvia gerando Rômulo e Remo, fundadores de Roma.

Oenomaus era filho de Harpina com Ares e Diomedes era filho de Cireme com Ares. Eles eram guerreiros que habitavam ás margens do Mar Negro.

*Ares foi amante de Otrera, a rainha das Amazonas, com quem teve quatro filhas: Hipólita, Menalipe, Antíopa e Pentesiléia.






Iluminismo é um conceito que sintetiza diversas tradições filosóficas, sociais, políticas, correntes intelectuais e atitudes religiosas. É uma atitude geral de pensamento e de ação. Os iluministas admitiam que os seres humanos estão em condição de tornar o mundo melhor - mediante introspecção, livre exercício das capacidades humanase do engajamento político-social.


Os pensadores iluministas tinham como ideal a extensão dos princípios do conhecimento crítico a todos os campos do mundo humano. Supunham poder contribuir para o progresso da humanidade e para a superação dos resíduos de tirania e superstição que creditavam ao legado da Idade Media.

A maior parte dos iluministas associava ainda o ideal de conhecimento crítico à tarefa do melhoramento do estado e da sociedade. Um dos Iluministas de destaque foi Voltaire, pseudônimo de François-Marie Arouet (1694-1778). Defendia uma monarquia esclarecida. Filósofo francês, era deista - acreditava que para chegar a Deus não era preciso a igreja, e sim a razão. Notabilizou-se pela sua oposição ao pensamento religioso e pela defesa da liberdade intelectual.









As paixões são os ventos que enfunam as velas dos barcos.
Por vezes elas nos fazem naufragar,  
mas sem elas, eles não poderiam singrar. 
A alma é uma fogueira que convém alimentar, 
e que se apaga dado que não se aumente...
Voltaire - escritor e filósofo iluminista francês






Os filhos de Zeus





Zeus tinha inúmeros filhos, não só do seu casamento com Hera mas também de muitas amantes. 

* Héracles ou Hércules / Filho de Zeus e Alcmena 



Era filho de Zeus com a mortal Alcmena e foi perseguido por Hera ainda quando era criança, quando Hera tentou matá-lo. Era famoso por sua força.


* Musas/ Filhas de Zeus e Mnemosine - deus da memória



Durante nove noites consecutivas ela deu à luz a nove filhas em algum lugar do Monte Olimpo. Suas filhas eram as Musas que cantavam o presente, o passado e o futuro, ao som da lira de Apólo.

* Apolo - Ártemis/ Filho de Zeus e Leto 



Foi uma das divindades principais da mitologia greco-romana, um dos principais deuses olimpicos. Filho de Zeus e Leto, e irmão gêmeo de Ártemis, possuia muitos atributos e funções. Depois de Zeus, era o mais influente e venerado de todos os deuses da Antiguidade Clássica. Apolo era sinônimo de luz física e espiritual. Era tido como eternamente jovem e de beleza sem igual entre os Deuses. Ártemis, deusa da vida selvagem e da caça, era irmã gêmea de Apolo e ajudou no parto do irmão.


* Hermes / Filho de Zeus e a Ninfa Maia



Desde cedo Hermes demonstrou suas incríveis habilidades divinas. Hermes era o veloz mensageiro dos Deus do Olimpo. Foi o patrono dos viajantes, comerciantes e também dos ladrões, dos mentirosos. Conversador emérito, descuidado de tudo, sempre pronto a cooperar, desempenhava um papel muito importante no Olimpo e na terra. Possuia várias atribuições devido à sua agilidade física e mental.


* Perséfone ou Coré / Filha de Zeus e Demeter



Deusa da agricultura, perséfone foi raptada por Hades, deus do mundo subterrãneo.


* Dioniso ou Dionisio - Baco / Filho de Zeus e Sêmele



Dionísio ensinou o homem a cultivar os vinhedos e tornou-se o deus do vinho e da embriagues. Patrocinava as festas e as comemorações com luxuria. Dioniso, também chamado de Baco, era sempre representado com folhas de parreira e cachos de uva adornando a cabeça. Muitas vezes tinha atitudes debochadas, lânguidas e até mesmo efeminadas, o que fazia um perfeito conjunto com as peles de felinos que gostava de usar. Apaixonou-se perdidamente por Adriadne, vindo a desposá-la.


* Perseu / Filho de Zeus e Danae 



Foi o herói mítico grego que decapitou a Medusa, um monstro que transformava em pedra qualquer um que olhasse para ela. Ele era filho de Zeus, que sob uma forma de chuva de ouro, engravidou a mortal Danae.


* Helena de Tróia / Filho de Zeus e Leda



Quando tinha 11 anos foi raptada pelo herói Teseu, mas seus irmãos Castor e Pólux a levaram de volta a Esparta. Possuia a reputação de mulher mais bonita do mundo e isso despertava a inveja em Hera, mulher de Zeus.


* Minos / Filho de Zeus e Eruopa
Minos foi um rei da ilha de Creta. Atribuem-lhe grande número de aventuras amorosas e costumam apontá-lo como o primeiro homem a praticar pederastia. Com sua esposa Pasífae, Minos foi o pai de Ariadne, Androgeu, Deucalião, Fedra, Glauco e Catreu e de muitos outros. Pasífae teria sido também a mãe do Minotauro.



Os filhos de Cronos, a 2ª geração de deuses




Quando Zeus cresceu resolveu vingar-se do seu pai, que tinha engolido todos os filhos, pelo medo de ser destronado. Solicitando apoio de Métis - a prudência, ela ofereceu uma poção mágica que fez Cronos vomitar os filhos devorados.

Zeus tornou-se o rei dos deuses, 
soberano do Monte Olimpo, deus do céu e do trovão.

Hera, que se tornou deusa dos deuses, 
ao desposar seu irmão Zeus.

Deméter, deusa da terra cultiva, 
da agricultura, das colheitas e das estações do ano.

Héstia, deusa protetora das cidades, 
das famílias e das colônias e iluminava a humanidade com o fogo sagrado.

Poseidon, deus supremo dos mares

Hades, deus guardião do Submundo


Gaia ficou com a função de revelar aos homens a origem divina de todas as coisas. Seguindo os conselhos de Gaia, Zeus libertou os Hecatônquiros mas aprisionou os titãs no Tártaro. Então partilhou-se o universo. Zeus ficou com o céu e a terra; Poseidon ficou com os oceanos e Hades ficou com o mundo dos mortos.





ZEUS E SUAS ESPOSAS

Métis, a deusa da prudência, foi a primeira esposa de Zeus, que temia ser destronado devido a uma profecia. Por brincadeira, propôs a Métis de transformar-se em uma mosca. Sem perceber as intenções de Zeus, ela voa e pousa em suas mãos. Imediatamente, ele a aprisiona e a engole. Métis estava grávida e a cabeça de Zeus crescia a cada dia, até que da cabeça de Zeus nasceu Atena, já adulta, e a profecia não se cumpriu.

Têmis, a deusa da justiça, foi a segunda esposa de Zeus. As Moiras profetizaram que Zeus tinha muito a aprender com Têmis. Eles tiveram três filhas: Eunômia - a disciplina, Diké - a justiça e Riné - a paz.

Finalmente Zeus se casaria com sua irmã Hera gerando Hefesto, Hebe e Ares.

* Hefesto, divindade do fogo e dos metais. Sua mãe, Hera, achando-o feio, jogou-o do Monte Olimpo, tornando Hefesto coxo. Mas Hefesto aprendeu um ofício e se tornou um hábil ferreiro. Casou com Afrodite, que tinha muitos amantes e seu principal rival era seu irmão Ares.


* Hebe, a deusa da eterna juventude, servia néctar e ambrosia aos deuses. Casou-se com Héracles ou Hércules após sua morte, quando ele foi aceito no Olimpo.

* Ares, deus da guerra e da violência, tinha Éris como companheira de batalha - deusa da discórdia. Era amante da esposa de seu irmão, com quem teve vários filhos, e também outras inúmeras amantes.


Khronos, o deus do tempo





Kronos e Réia tiveram seis filhos: Deméter, Héstia, Poseidon, Hades, Hera e Zeus. Mas Kronos se tornou perverso, engolindo os filhos quando nasciam, devido à profecia feita por seu pai, que um deles também o destronaria. Diante da dor de perder seu último filho, Réia entrega a Kronos uma pedra enrolada no cobertor. Sem notar, ele engole a pedra. Réia escondeu Zeus numa gruta aos cuidados de Gaia, onde ele foi criado até se tornar adulto, sendo amamentado pela cabra Amaltéia.

Ao se tornar adulto, Zeus retornou para tomar posse do trono de seu pai. Dando a Cronos uma poção mágica, o fêz vomitar todos os filhos engolidos. Assim Zeus fêz renascer seus irmãos e assumiu o poder se tornando o rei dos deuses, criador do mundo e soberano dos homens, criando uma nova hierarquia de deuses. Agradecidos pela lição de responsabilidade e generosidade de Amaltéia, os deuses a transformaram na constelação de Capricórnio.

**************************

O mito de Kronos nos remete à compreensão do tempo e das limitações da vida mortal. Nada pode ir além do âmbito da própria vida e nada permanece inalterado. Kronos é o deus que encarna o sentido do tempo mas também se rebela contra ele. E por isso foi destronado e humilhado, aprendendo assim no silêncio da própria dor.

Kronos representa o corpo, que envelhece de forma inexorável e ao mesmo tempo se rebela contra seu destino fatal. A aceitação da própria condição é também, de uma forma misteriosa, a separação dos pais e da infância, porque significa sacrificar a fantasia de que em alguma época, de um lugar, virá alguém como num passe de mágica, transformar a nossa vida em um aconchego eterno.

"Viver feliz para sempre" não existe no mundo de Kronos. A juventude cede lugar à maturidade e jamais poderá ser reconquistada de maneira concreta. Entretanto as lembranças e a sabedoria é algo a ser destilado com o tempo. O tempo consome tudo e também envelhece, pede renovação, evolui, muda.

Na sociedade atual temos vários arquétipos de pai. Um dos mais marcantes é o do pai autoritário. A castração do filho impede que ele tenha mais poder que o pai; a castração do pai faz com que o filho queira tomar o poder. A repressão e a competição masculina têm gerado ao longo do tempo complexos paternos que nos fazem refletir por que o velho tem medo do novo; por que os pais autoritários e devoradores têm medo de perder o controle; por que castram, reprimem e maltratam os próprios filhos. Todo pai deveria saber que o lugar que ocupa é temporário, que o filho é seu sucessor, como ele foi do seu pai.

O novo sucede o velho na ordem do mundo. Que as novas gerações desse novo século tragam pais fortes, mas que confiem na sua capacidade geradora. Que reconheçam a energia e o talento da juventude e valorizem seus filhos. E que os filhos valorizem seus pais, que lhe permitiram existir e se tornar os seus sucessores.

O aspecto negativo de Kronos é a sua feroz resistência às mudanças e à passagem do tempo. O lado positivo é saber mudar aquilo que podemos mudar; aceitar o que não podemos alterar; e esperar em silêncio até que o tempo nos mostre, a diferença entre as duas coisas.




Genealogia dos deuses






A Teogonia de Hesíodo, também conhecida por Genealogia dos Deuses, é um poema mitológico de Hesíodo (séc. 8 a.C.). Trata da gênese dos deuses, descreve a origem do mundo, os reinados de Urano, Cronos e Zeus, e a união dos mortais aos deuses, desta forma nascendo os heróis mitológ
icos. 

Os personagens representam aspectos básicos da natureza e do homem, expressando assim as idéias dos primeiros gregos sobre a constituição do universo. Segundo a Mitologia Grega, contada por Hesíodo:


CAOS: No princípio existia apenas o Caos, a primeira divindade a surgir no universo, um ser solitário, o mais velho dos deus. 
  • Caos gerou de forma assexuada os filhos Nix (noite) e Érebus (Escuridão). 
  • Érebus desposou sua irmã Nix, e deles nasceram Éther (luz celestial) e Hemera (o dia).

TÁRTARO: Tártaro era outro ser divino primordial, que aprisionava os condenados no mundo subterrâneo.


GAIA, GÊ: Gaia, deusa da terra, era a segunda divindade, com a missão de povoar o Caos. 
  • Com sua potencialidade criadora, gerou Urano (o céu), Pontos (rios) e as montanhas. 
  • Na solidão fria do Caos, surgiu Eros - o amor e a partir dele, nada mais poderia procriar sozinho. 
  • Movida pelo impulso determinador de Eros, Gaia se uniu ao seu filho primôgenito Urano dando origem aos:
  • Cíclopes, seres de um olho só, divindades dos relâmpagos, dos trovões e dos raios;
  • Hecatônquiros, também chamados de Centimanos, gigantes violentos de cem braços e cinquenta cabeças, divindades dos terremotos; e
  • Titãs Oceanus, Céos, Crio, Hipérion, Jápeto, Cronos e às Titânides Febe, Réia, Téia, Têmis, Mnemosine, Tétis, deuses primitivos que tinham a forma humana.

URANO: Urano tinha o dom da profecia e descobriu que seria destronado por um de seus filhos, e vendo a natureza violenta dos filhos, encerrou-os no Tártaro. Revoltada, Gaia pede aos filhos para ajudá-la mas somente seu filho Cronos aceita castrar Urano e assim libertar os seus irmãos Titãs, os Cíclopes e os Gigantes. Cronos castra seu pai e joga seus genitais no mar, de onde surge: 
  • a deusa Afrodite, as Ninfas Melíades ou Melissas, divindades femininas da fertilidade, protetoras das árvores, benfeitoras dos homens e da natureza. Nunca envelheciam e tinham o dom de profetizar, curar e nutrir. 
  • As Erínias, que surgem do esperma de Urano: Tisífone (castigo), Megera (Rancor) e Alecto (Interminável) que viviam no Tártaro torturando as almas pecadoras. Sem a interferência do pai, Cronos torna-se o rei dos deuses.





TITÃS E TITÂNIDES: Titã Oceanus, deus dos mares, desposa sua irmã Tétisgerando as Ninfas dos mares, as Nereidas e os Seres marinhos.

Titã Céos, deus da inteligência, desposa sua irmã, a Titânide Febedeusa da lua, gerando Astéria, deusa estelar e Leto, deusa do anoitecer.

Titã Crio, desposa Euríbia gerando Palas, Astreu e Perses. Seu poder destrutivo envolvia as criaturas do mar Abissal.

Titã Hipérion, deus solar primitivo, desposa sua irmã, a Titânide Téia, gerando Selene (a lua), Hélios (o sol) e Eos (a aurora).

Titã Jápeto, deus do tempo da vida humana e da mortalidade, desposa sua sobrinha Climene gerando: Prometeu - o que pensa antes; Epimeteu - o que pensa depois e Atlas - o que suporta; Menecéio - o va nglorioso.

Titânide Têmis, deusa guardiã dos juramentos dos homens, da lei, deusa da justiça, se une a Zeus e tem três filhas: Eunômia - a disciplina; Diké - a justiça; Eiriné - a paz.

* A Titânide Mnemosine, deusa da memória, une-se a Zeus gerando nove filhas: 
Calíope (poesia épica) - Clio (História) -Érato (poesia romântica) - Euterpe (música) - Melpômene (tragédia) - Polúmia (hinos) -Tália (comédia) - Terpsícore (dança) -Urânia (Astronomia)

Titã Cronos desposa sua irmã Réia, gerando os filhos: Deméter, Héstia, Poseidon, Hades, Hera e Zeus. Mas Cronos se torna perverso, engolindo os filhos quando nascem, devido à profecia feita por seu pai: que um deles também o destronaria.






sexta-feira, 11 de junho de 2010

Origens da Mitologia Grega






O mito era o coração da sociedade grega antiga, como forma de entender os fenômenos naturais e os acontecimentos sem a ação dos humanos. Os gregos, crentes nas histórias e nas narrativas dos poetas, estabeleceram rituais e cultos fundamentados nessas lendas heroicas, divinas e humanas.

Desde aquele tempo, o ser humano precisou criar concepções lógicas acerca das histórias contadas apenas pelos poetas. O filósofo Homero fazia a educação da Grécia e, para os gregos, os mitos eram a mais pura verdade.

Os deuses eram divindades com atribuições próprias e com inúmeros poderes. Eram imortais, podiam salvar ou destruir. Tinham o poder de transformar-se em objetos e animais ou adquirir outras personalidades. 

A mitologia, embora seja repleta de narrações sobre batalhas, traições, intrigas e maldades, servem para interpretação subjetiva dos diversos arquétipos que ainda hoje são muito atuais e que encontramos em nossos dias.

Localizada na junção da Europa, Ásia e África, a Grécia é o berço de nascimento da democracia, da filosofia e literatura, da historiografia e ciência política e dos mais importantes princípios matemáticos. É o berço de nascimento do teatro ocidental, incluindo os gêneros do drama, tragédia e o da comédia e dos jogos olímpicos.

Apaixonados pelo debate e pela controvérsia, os gregos criaram os primeiros ordenamentos políticos com cunho democrático, onde compartilhavam e defendiam argumentações. 

Esses princípios fundamentais definiram o curso do mundo ocidental e também divulgaram a mitologia grega, que ainda se torna eficiente, segundo muitos autores, para a educação acadêmica como também para um entendimento profundo e filosófico do ser humano. Segundo estudiosos, diversas teorias buscam explicar as origens da mitologia grega:





* Teoria Escritural

as lendas mitológicas procedem de relatos dos textos sagrados, 
no qual os feitos reais foram disfarçados e, posteriormente, alterados.

* Teoria Alegórica

os mitos antigos eram alegóricos e simbólicos,
 porém com verdade moral, religiosa ou filosófica ou um fato histórico que, 
com o passar do tempo, passou a ser aceito como verdade.

* Teoria Histórica

todas as personas mencionadas na mitologia 
foram seres humanos reais, e as lendas sobre elas 
são meras adições de épocas posteriores.

* Teoria Física

os elementos ar, fogo e água foram objetos de adoração religiosa
e passaram a ser personificações desses poderes da natureza.


Os historiadores acreditam que os gregos começaram a dar novas interpretações acerca das coisas e a desacreditar dos poetas e dos dramaturgos, insistentes em inventar narrativas e lendas sobre a origem e os motivos das coisas. Ao tentar aprofundar sua compreensão sobre os mitos gregos, o homem da Grécia antiga encontrou certas limitações e contradições nessas histórias, o que desencadeou em uma série de processos filosóficos.

A filosofia surgiu justamente para compreender a verdade, mas de outra forma. Uma das contradições, defendidas por historiadores, foram as viagens marítimas empreendidas pelos gregos e a exploração de algumas regiões nas quais acreditavam serem habitadas por deuses. Porém, ao visitá-las, puderam constatar que era povoada por seres humanos.

As explorações marítimas dos gregos – uma das primeiras do homem antigo – contribuíram para a decadência do mito. Os estudiosos acreditam que os gregos, ao inventarem o calendário, conseguiram calcular o tempo como forma de prever e entender os estados térmicos, o sol e a chuva e outros fatores climáticos, antes vistos como feitos divinos e incompreensíveis. Isso proporcionou uma grande mudança na crença dos mitos.

De forma semelhante, a invenção da moeda como forma de trocas abstratas e a escrita alfabética, como forma de materialização de textos antes propagados somente pela oratória, além da invenção da política para a exposição das opiniões sociais, foram marcos da sociedade grega que, com o início dessa vida urbana e mais moderna, começou a tecer bases para o artesanato, o comércio e outras criações, que propiciaram a depreciação dos mitos.

Com essas mudanças, o homem viu a necessidade de entender e desenvolver, criando a filosofia para suprir essa incompreensão. Os filósofos e estudiosos creem que as habilidades poderosas de mudança saíram das mãos dos deuses imaginários, foram assumidas pelos homens antigos e se estendem até nossos dias atuais, onde acreditamos que uma administração política adequada — realizada e levada avante pelos homens e não pelos deuses — pode resultar numa influência positiva nas sociedades, assim como uma administração inadequada resulta em influências negativas.





Os Arquétipos 

Arquétipo é um termo usado por filósofos neoplatônicos, como Plotino, para designar as ideias como modelos de todas as coisas existentes, segundo a concepção de Platão. Nas filosofias teístas o termo indica as ideias presentes na mente de Deus.

Pela confluência entre neoplatonismo e cristianismo, termo arquétipo chegou à filosofia cristã, sendo difundido por Agostinho, provavelmente por influência dos escritos de Porfírio, discípulo de Plotino.

Arquétipo, na psicologia analítica, significa a forma imaterial à qual os fenômenos psíquicos tendem a se moldar. C. G. Jung usou o termo para se referir aos modelos inatos que servem de matriz para o desenvolvimento da psique. Eles são as tendências estruturais invisíveis dos símbolos. Os arquétipos criam imagens ou visões que correspondem a alguns aspectos da situação consciente.

Jung deduz que as imagens primordiais, um outro nome para arquétipos, se originam de uma constante repetição de uma mesma experiência, durante muitas gerações. Funcionam como centros autônomos que tendem a produzir, em cada geração, a repetição e a elaboração dessas mesmas experiências. Eles se encontram isolados uns dos outros, embora possam se interpenetrar e se misturar.

O núcleo de um complexo é um arquétipo que atrai experiências relacionadas ao seu tema. Ele poderá, então, tornar-se consciente por meio destas experiências associadas. Os arquétipos da Morte, do Herói, do Si-mesmo, da Grande Mãe e do Velho Sábio são exemplos de algumas das numerosas imagens primordiais existentes no inconsciente coletivo.

Embora todos os arquétipos possam ser considerados como sistemas dinâmicos autônomos, alguns deles evoluíram tão profundamente que se pode justificar seu tratamento como sistemas separados da personalidade. São eles: a persona, a anima, o animus e a sombra.

Chamamos de instinto aos impulsos fisiológicos percebidos pelos sentidos. Mas, ao mesmo tempo, estes instintos podem também manifestar-se como fantasias e revelar, muitas vezes, a sua presença apenas através de imagens simbólicas. São estas manifestações que revelam a presença dos arquétipos, que as dirigem.

A sua origem não é conhecida e eles se repetem em qualquer época e em qualquer lugar do mundo - mesmo onde não é possível explicar a sua transmissão por descendência direta ou por fecundações cruzadas, resultantes da migração.

Os arquétipos são a principal origem da ligação entre a Física e a Psicologia, pois é por meio deles que os fenômenos psíquicos estudados pela psicologia analítica se manifestam, frequentemente violando as leis físicas da ordem temporal e espacial. O estudo interdisciplinar destas estruturas imateriais e seus fenômenos teve origem com Jung e Pauli, na primeira metade do século 20, estendendo-se até hoje com a linha de pesquisa da Física e Psicologia.



Grécia antiga





A Grécia da Antiguidade, que se desenvolveu entre 2000 a.C. e 500 a.C., nos legou a herança de sua cultura que atravessou os séculos, chegando até os nossos dias. Foram influências no campo da filosofia, das artes plásticas, da arquitetura, do teatro, enfim, de muitas idéias e conceitos que deram origem às atuais ciências humanas, exatas e biológicas.

Não se pode confundir a Antigüidade grega com o país Grécia que existe hoje. Os gregos atuais não são descendentes diretos desses povos que começaram a se organizar há mais de quatro mil anos atrás. 

Muita coisa se passou entre um período e outro e aqueles gregos antigos perderam-se na mistura com outros povos. Depois, a Grécia antiga não formava uma nação única, mas era composta de várias cidades, que tinham suas próprias organizações sociais, políticas e econômicas.

Apesar dessas diferenças, os gregos tinham uma só língua que, mesmo com seus dialetos, podia ser entendida pelos povos das várias regiões que formavam a Grécia. 

Esses povos tinham também a mesma crença religiosa e compartilhavam diversos valores culturais. Assim, os festivais de teatro e os campeonatos esportivos, por exemplo, conseguiam reunir pessoas de diferentes lugares da Hélade, como se chama o conjunto dos diversos povos gregos.








A Grécia de 4.000 anos atrás era formada por ilhas, uma península e parte do continente europeu. Compunha-se de várias cidades, com seus Estados próprios, que eram chamadas de cidades-Estados. Essas cidades localizavam-se ao sul da Europa, nas ilhas entre os mares Egeu e Jônio. 

As cidades gregas de maior destaque na Antigüidade foram Atenas, Esparta, Corinto e Tebas. Essas cidades comercializavam e ao mesmo tempo guerreavam entre si. As guerras eram motivadas pelo controle da região e para se conseguir escravos e os prisioneiros de guerra, que moviam grande parte da economia daquelas sociedades.

Os cidadãos naturais da cidade e proprietários de terras tinham direitos políticos e podiam se dedicar a atividades artísticas, intelectuais, guerreiras e esportivas. Isso indica que as pessoas com mais prestígio e propriedade cuidavam exclusivamente do aprimoramento do corpo e da mente. Os mais pobres e os escravos eram os que movimentavam a economia, fazendo o trabalho braçal, considerado, então, como algo desprezível.

Esses diversos povos gregos organizaram-se e ganharam força por volta do ano 2.000 a.C. A cultura grega tornou-se tão importante porque foi a síntese, o resumo, de diversas outras culturas da Antigüidade, dos povos que viveram na África e no Oriente Médio. Assim, os gregos conheceram os cretenses, que eram excelentes navegadores. Tiveram contato com os egípcios, famosos nos nossos dias pelo complexo domínio de conhecimentos técnicos que possuíam e por sua organização social.

A influência dos fenícios também foi importante na cultura grega. Os fenícios daquela região haviam inventado o alfabeto cerca de 1.000 anos a.C. Esse alfabeto foi aperfeiçoado pelos gregos, que por sua vez deu origem ao alfabeto latino, inventado pelos romanos. A língua portuguesa tem origem latina.

Todo esse processo demonstra como ocorreram freqüentes intercâmbios entre os povos ao longo da história da humanidade, embora muitos conhecimentos e invenções tenham se perdido ou deixado de fazer sentido quando essas civilizações desapareceram.

As cidades-Estados sobre as quais sobreviveram mais informações são de Atenas e Esparta. Essas sociedades eram bem diferentes e freqüentemente lutaram uma contra a outra. A sociedade espartana era considerada rígida em termos de regras, tipo "espartana", e em Esparta, os homens viviam para a vida militar. 

Eles só podiam casar depois de terem sido educados pelo Estado, em acampamentos coletivos onde viviam dos 12 até os 30 anos. Para o governo, existiam os conselhos de velhos, que controlavam a sociedade e definiam as leis. As mulheres espartanas cuidavam da casa e tinham também uma vida pública: administravam o comércio na ausência dos homens.

Atenas, que foi considerada o exemplo mais refinado da cultura grega, teve seu apogeu cultural e político no século 5 a.C. Na sociedade ateniense, diferentemente de Esparta, as decisões políticas não estava nas mãos de um conselho, mas sim no governo da maioria, a democracia. 

Dentro desse sistema, todos os cidadãos podiam representar a si mesmos, sem eleições, e decidir os destinos da cidade. Ao mesmo tempo em que Atenas abria o espaço para os cidadãos, reservava menor espaço para as mulheres do que na sociedade espartana. Em Atenas, as mulheres, assim como os escravos, não eram consideradas cidadãs.

No entanto, após o esplendor de Atenas no século 5 a.C., as cidades-Estados gregas foram perdendo seu poder e acabaram conquistadas e unificadas pelos macedônios, no século 4 a.C. 

Sob o domínio de Alexandre, o Grande, a cultura grega se expandiu territorialmente, indo do Egito à Índia, num processo em que simultaneamente influenciava e sofria influências. Essa cultura que correu mundo, tendo como raiz a tradição grega, foi chamada de cultura Helenística.

No século 1 a.C., os romanos chegaram à Grécia antiga, conquistando-a. Ainda que Roma tenha incorporado a maior parte dos valores gregos, inaugurando a cultura greco-romana, os povos gregos da Antiguidade não conseguiram mais obter sua autonomia política e assim foram, ao
longo dos séculos, desaparecendo.

Related Posts with Thumbnails

Quem sou

Nascida em Belo Horizonte, apaixonada pela vida urbana, sou fascinada pelo meu tempo e pelo passado histórico, dois contrastes que exploro para entender o futuro. Tranquila com a vida e insatisfeita com as convenções, procuro conhecer gente e culturas, para trazer de uma viagem, além de fotos e recordações, o que aprendo durante a caminhada. E o que mais engradece um caminhante é saber que ao compartilhar seu conhecimento, possa tornar o mundo melhor.

Seguidores

Minha lista de blogs

Postagens populares