sexta-feira, 29 de abril de 2011

Quimera, um sonho impossível



Quimera é descrita como um monstro assustador, fruto da união entre Equidna - metade mulher, metade serpente - e o gigantesco Tífon. Também diziam que era filha da Hidra de Lerna e do Leão de Neméia. A figura mítica da Quimera sempre exerceu atração sobre a imaginação popular, a mais comum na arte cristã medieval que fez dela um símbolo do mal.

Habitualmente descrita com cabeça de leão, dorso de cabra e cauda de serpente, foi criada pelo rei de Cária para destruir o reino vizinho da Lícia. Com o fogo que vomitava incessantemente, o rei Iobates procurava um herói que vencesse a Quimera, em troca daria sua filha em casamento ao herói.

No reino chegou Belorofonte, mas o Rei Iobates recebeu um pedido do genro para matar seu hóspede Belorofonte. Contudo, devido à lei da hospitalidade, não o poderia matar. Assim incumbiu Belorofonte de cumprir algumas tarefas, pensando livrar-se dele. No entanto, Belorofonte montado em seu cavalo alado Pégasus, matou a Quimera num só golpe. Reconhecendo a bravura de Belorofonte, o rei Iobates não teve outra alternativa, senão conceder a mão de sua filha em casamento.

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Genericamente é denominada Quimera a todo monstro fantástico empregado na decoração arquitetônica. Na linguagem popular, o termo quimera alude a qualquer composição fantástica, absurda ou monstruosa, constituída de disparates e elementos incongruentes que não tem apoio na realidade. Significa um sonho impossível de acontecer e designa o que é fantástico, o que vive na imaginação, algo tão absurdo que chega a ser utópico.

O mito de Quimera, cuja ancestralidade remete a personagens animalescos, nos faz lembrar de que, apesar de ser
necessário sonhar e imaginar coisas melhores, algumas vezes somos consumidos por desejos que não passam de químeras e que podem consumir tempo e investimento infrutíferos, além de que podem se tornar maléficos ao longo do tempo.

Todo ser humano tem um sonho, uma ideia que visa transformar a si mesmo ou o mundo. No entanto, a imaginação precisa reconhecer os limites. Tudo é possível, desde que haja elementos suficientes apoiados na realidade para que se realize. Não sendo assim, será nada mais do que Químera...

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