quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Mito: Éris





Hesíodo em sua Teogonia diz que Éris era a filha primogênita de Nix - a Noite, e mãe de inúmeros outros flagelos. Já Homero cita Éris como irmã de Ares, portanto, filha de Hera e Zeus.

Conta a lenda que Éris tinha um temperamento difícil e, pór isso, não foi convidada para o casamento de Peleu e Tétis. Mesmo assim ela compareceu à cerimônia e lançou sobre os presentes o Pomo da Discórdia, uma maçã dourada que tinha uma inscrição:

 " dirigida à mais bela das deusas presentes. "

Isto fez com que Hera, Afrodite e Atena disputassem um concurso entre elas para saber quem era a mais bela. Cabia a Páris escolher e ele escolheu Afrodite por ela ter-lhe prometido o amor de Helena de Tróia, uma bela mulher que era esposa do lendário Rei Menelau. Isso deu origem à Guerra de Tróia.

Dizem que a deusa da discórdia teve 14 filhos, todos eles relacionados com a dor, com o sofrimento e com todos os assuntos que geram guerras e lutas entre os povos. Eram seus filhos:
  1. Ponos (Pena) 
  2. Lete (esquecimento)
  3. Limos (fome)
  4. Algoz (o choro e a dor) 
  5. as Hisminas (disputas) 
  6. as Macas (Batalhas) 
  7. as Fonos (Matanças) 
  8. as Androctasias (Massacres) 
  9. os Neikea (ódios) 
  10. os Pseudologos (Mentiras) 
  11. as Anfilogias (Ambiguidades) 
  12. a Disnomia (a Desordem) e
  13. a Ate (a Ruína e a Insensatez)
  14. e Orcos (Juramento), o que causa mais problemas aos homens da terra que cada vez perjuram voluntariamente. Todos eles eram companheiros inseparáveis.

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Se você prestar atenção, seja no trabalho, nas amizades e até em família, há algumas pessoas que simplesmente adoram causar discórdia. Há também aquelas que sempre se mostram do contra, só para causar discussões e polêmicas. Mas pior são aquelas que, sem nenhum  respeito pela vida alheia, fazem fofocas, disseminam malediências ou se intrometem em assuntos que não lhe dizem respeito. 

Frente a qualquer dessa situações desconfortáveis, a melhor atitude é usar o silêncio, se afastar do desconforto e relaxar. Se encontramos alguém que nos incomoda, que deseja nos chatear ou nos deixar nervosos, o melhor é não alimentar a situação e criar uma enorme bolha de calma. Isto não é fácil de fazer, mas é possível e, principalmente, muito benéfico. 

Algumas estratégias pode ser eficazes nessas situações, contudo, sempre é importante contar com uma grande bagagem antiestresse que nos permita criar para nós mesmos divinos templos de silêncio e calma em situações complicadas. Isso é fácil; basta querer. Para isso é preciso reeducar-se para controlar suas emoções. 

Se você aprendeu que é preciso reagir às provocações, então você precisa dar pequenas pinceladas sobre como trabalhar com as suas emoções. É sábio contar até dez, vinte ou o que for preciso. É muito útil centrar-se em si mesmo e observar como as emoções aparecem e como lidamos com ela. Ninguém consegue lidar com situações extressantes se estiver com seu estado emocional alterado, pois isso pode impedir que consiga expressar os sentimentos com precisão e moderação, pois a ira estará dominando. 

Afastar-se de uma situação e reavaliá-la de longe é muito importante. Geralmente, manter-se ativo ou praticar um esporte com frequência é chave para manter a calma. Aprender algum tipo de técnica de relaxamento e de respiração através de disciplinas como a ioga, o pilates ou o mindfulness pode nos salvar do descontrole em muitas ocasiões. Porém, usar o silêncio não significa dizer que devamos ser passivos diante de quem está nos incomodando. Na verdade a chave está em ser assertivo para conseguir lidar com a situação. Assertividade, é a chave para combater as intenções mesquinhas.

E, porque certas pessoas sentem prazer em infernizar a vida de quem está em paz?  Simplesmente porque são pessoas infelizes, frustradas ou carentes de atenção. No entanto, somos responsáveis por como agimos e como nos sentimos. A pessoa plenamente humana é aquela que consegue ser ela mesma. É um ator da sua própria vida, não um re-ator frente ao que dizem ou fazem os outros. Aja por suas próprias convicções e não por re-ação às atitudes dos outros.  Revisemos uma breve história para compreender que só nos afetará aquilo que deixarmos que nos afete:


João ia caminhando com seu amigo em direção à banca onde todo dia comprava o jornal. 
Ao chegarem, cumprimentaram de forma educada ao dono, que estava mal humorado 
como todo dia e lhes respondeu com rapidez e desconsideração. 
O amigo de João, enquanto pegava o jornal que o dono da banca havia jogado para ele 
de má vontade, sorriu e lhe desejou um bom final de semana.
Quando ambos retomaram o caminho, o amigo perguntou:
– Ele sempre trata você tão mal? – Sim, infelizmente.
– E você sempre se coloca de forma tão gentil? - Sim, exatamente.
– E por que você é tão gentil quando ele é tão antipático com você?
– Por que não quero que seja ele quem decida como eu me sentir ou como devo agir...



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